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Na quarta-feira (03), a juíza Ludmila Lins Grilo anunciou que está em “asilo político nos Estados Unidos” desde 2022. A magistrada decidiu manter a saída do Brasil em segredo por mais de 1 ano.
Ela disse que se sente segura “na terra da liberdade” por conta, de acordo com ela, da “ditadura que se instalou no Brasil”.
Ludmila Lins Grilo foi impedida de exercer o cargo de juíza no Brasil e é alvo de dois processos no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Passei todo esse tempo reorganizando minha vida, e chegou a hora de revelar o que aconteceu. Sou, oficialmente, uma juíza brasileira em asilo político nos Estados Unidos”, escreveu a juíza em um blog pessoal.
De acordo com Ludmila, seu status nos EUA não é mais de turista, com permissão de permanência pelo trâmite de processo de asilo político.
Ludmila Lins Grilo contou em seu blog que ainda exercia a atividade de juíza quando se instalou nos EUA e que cumpria toda a agenda diária da vara criminal por videoconferência.
“Sofri calada todo tipo de difamação quanto à minha conduta profissional, pois ainda não podia revelar que eu não morava mais no Brasil”, explicou a juíza conservadora.
Após toda a “perseguição jurídica” que sofreu, Ludmila explica que silenciou sobre a “condição de asilada política” porque estava se documentando para se fixar no EUA.
Em entrevista à Gazeta do Povo, Ludmila afirmou que apresentará às autoridades americanas e à Corte Interamericana de Direitos Humanos toda “trama envolvendo os atos persecutórios praticados pelo STF, mais especificamente por Alexandre de Moraes, assim como pelo CNJ e TJMG”.