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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que a conexão entre os eventos de 8 de janeiro e as condutas pelas quais o ex-deputado federal Roberto Jefferson se tornou réu na Corte está “evidenciada”.
No documento, Moraes destacou que as investigações derivadas possuem uma “estreita relação” com aquelas relativas aos inquéritos sobre os acontecimentos de 8 de janeiro. A defesa do ex-parlamentar tem solicitado repetidamente a remessa do caso para a primeira instância.
O próprio Supremo já admitiu, em junho, na mesma ação, que não é a instância adequada para julgar o caso. No entanto, de acordo com Moraes, após esse julgamento, a Corte recebeu a informação de que os fatos imputados ao ex-parlamentar estão conectados àqueles investigados no inquérito sobre os atos de vandalismo.
“As investigações derivadas possuem estreita relação com as dos inquéritos, não me restando dúvidas da vinculação direta, decorrente de incitação, com os atos criminosos que resultaram na invasão e depredação dos prédios ocorridos em 8/1/2023, restando evidenciada a conexão entre as condutas atribuídas a Roberto Jefferson na presente denúncia e aquelas investigadas no âmbito mais abrangente dos referidos procedimentos”, afirmou Moraes.
Jefferson está detido desde outubro de 2022, quando lançou granadas e atirou contra agentes da Polícia Federal que tentavam cumprir uma ordem de prisão contra ele. O ex-deputado já estava em prisão domiciliar por ameaças ao STF e ataques pelas redes sociais à Corte e aos ministros.
Mesmo sob a proibição de utilizar a internet, manter contato com outros investigados e sair de casa, Jefferson proferiu ataques à ministra Cármen Lúcia, em virtude de seu voto em uma ação que temporariamente vetou o lançamento de um documentário sobre o atentado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018.