O Ministério Público Federal (MPF) arquivou o inquérito civil envolvendo a delegada da Polícia Federal Marília Alencar, ex-subsecretária de inteligência na gestão de Anderson Torres como secretário de Segurança do Distrito Federal. A decisão, divulgada pela CNN Brasil nesta terça-feira (30), baseou-se na falta de evidências de conduta que facilitasse ou promovesse os atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. O procurador da República Carlos Henrique Martins Lima destacou que o arquivamento ainda precisa ser homologado pelas Câmaras de Coordenação e Revisão (CCRs) do MPF.
Marília Alencar também era alvo de uma investigação sobre improbidade administrativa, e o procurador ressaltou a necessidade de uma análise minuciosa para o ajuizamento de tal ação. A delegada, que já foi diretora de inteligência do Ministério da Justiça, era investigada no contexto dos atos antidemocráticos de janeiro, tendo atuado na inteligência do Distrito Federal.
Na CPI da Câmara Legislativa do DF, Marília afirmou ter alertado os gestores sobre os riscos da mobilização golpista, conforme informações da inteligência. O relatório oficial da CPI não pediu seu indiciamento, mas um relatório paralelo o fez, assim como para Anderson Torres e Fernando de Souza Oliveira.
O inquérito civil, que envolve várias pessoas, teve o arquivamento de Marília, ainda não homologado, mantendo as demais sob investigação pelo MPF.