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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, criticou nesta terça-feira (27) os métodos utilizados pela Lava Jato para firmar os acordos de leniência com empresas corruptas envolvidas na operação.
Gilmar Mendes afirmou que não caberia ao Ministério Público (MP) fechar este tipo de colaboração e, ao citar irregularidades da força-tarefa, afirmou que “essa gente continua solta”.
“Eu queria lembrar que há uma imensa dificuldade para extrair da lei a autorização para o Ministério Público fazer acordo de leniência. Não está na lei”, disse o ministro do STF.
Gilmar Mendes citou supostas conversas vazadas de membros da Lava Jato que envolviam a obtenção de provas derivadas da leniência da Odebrecht, afirmando que foram utilizados “métodos obscuros” para “distorcer a lei” e firmar o acordo.
“É preciso esclarecer e dar luz sobre esses atos. É preciso entender esse movimento. É preciso fazer o devido aprofundamento”, disse Gilmar. “A clandestinidade está no DNA da Lava Jato”, afirmou.
“Essa gente continua solta e não está respondendo a processo”, disse o ministro do STF.
O ministro do STF disse ainda que a ação que questiona os acordos de leniência firmados pela Lava Jato “trará à tona muitas outras relevações assombrosas”.