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A advogada de Daniel Alves, Inés Guardiola, apresentou durante uma audiência realizada nesta terça-feira um pedido de libertação provisória do jogador de futebol, condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual. Por sua vez, tanto a Procuradoria quanto a advogada da vítima, Ester García, manifestaram-se contrárias a essa solicitação, alegando o risco de fuga.
A defesa de Alves argumentou que a sentença ainda não é definitiva e que o jogador já cumpriu um quarto da pena na prisão de Brians II. Assim, a advogada solicitou a libertação provisória do jogador, sugerindo a imposição de medidas cautelares como a retirada do passaporte, comparecimentos semanais ao tribunal e uma fiança de 50.000 euros.
Ambas as partes, tanto a Procuradoria quanto a acusação particular, representada pela advogada da denunciante, afirmaram que Alves possui recursos econômicos suficientes para fugir do país, caso seja libertado. Por outro lado, a defesa do jogador negou essa possibilidade, destacando que desde sua detenção seus patrocinadores rescindiram os contratos de colaboração, ele perdeu o emprego no clube mexicano Pumas e ainda não recebeu o pagamento da dívida que a Receita Federal tem com ele.
Tendo cumprido um quarto da pena imposta pela Audiência enquanto estava em prisão provisória, Daniel Alves poderia, uma vez que sua sentença se torne definitiva, obter permissões penitenciárias. Vale ressaltar que todas as partes recorreram da sentença, que será analisada pelo Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJCat). Posteriormente, as partes poderiam recorrer, em última instância, ao Tribunal Supremo.
Após as manifestações das partes e ao término da audiência, Alves, que participou por videoconferência da prisão de Brians II, solicitou sua libertação. “Eu acredito na Justiça, não pretendo fugir”, afirmou. Fontes do TSJCat indicam que a decisão do tribunal será conhecida em breve, embora não seja anunciada ao longo desta terça-feira.
Nos recursos apresentados, tanto a Procuradoria quanto a acusação particular pediram ao tribunal que não considere como atenuante para reparação do dano o depósito de 150.000 euros feito por Alves no início do processo, com a ajuda da família de seu compatriota Neymar Jr. Por outro lado, a defesa do jogador continua a insistir em sua “inocência”.
A audiência realizada nesta terça-feira estava em risco devido à participação de grande parte da equipe de funcionários em manifestações nos centros penitenciários da Catalunha, após o assassinato de uma cozinheira. Isso havia levado à suspensão, nos últimos dias, de várias atividades para os presos, incluindo as videoconferências com os tribunais. No entanto, a audiência ocorreu sem problemas, com a presença de Dani Alves por videoconferência.