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Na terça-feira (19), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, disse que a “vida de uma mulher para checar a qualquer cargo não é fácil”.
O processo do TSE trata de casos de candidatas que não chegaram a participar de suas próprias campanhas e teriam sido usadas por seus partidos para simular o cumprimento da cota de 30% de candidaturas femininas.
Cármen rebateu uma fala do ministro Raul Araújo, que alertou para o rigor do TSE no julgamento de determinados casos de fraudes de candidaturas de mulheres.
Na avaliação de Araújo, a possibilidade de condenação e decretação da inelegibilidade pode afugentar candidaturas femininas nas eleições.
Cármen Lúcia disse que as mulheres são “invisibilizadas” e “silenciadas” e que é necessária a presença delas na politica mesmo diante das dificuldades.
“Os senhores homens, pelo menos nesta bancada, tiveram facilidades que eu não tive e nem tenho. Isso não me desanima de ser juíza brasileira. Isso me faz mais comprometida e responsável com outras que eu não estou vendo. Não se preocupe, mulher só desanima quando não está disposta mesmo”, afirmou a ministra.