Justiça

Justiça Eleitoral condena Guilherme Boulos por divulgação de resultado falso de pesquisa

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Nessa quarta-feira (10), a Justiça Eleitoral determinou uma multa de R$ 53.205 ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato à prefeitura de São Paulo, por compartilhar em suas redes sociais um recorte distorcido de uma pesquisa eleitoral. Além disso, ele foi ordenado a remover as publicações, sujeito a uma multa diária de R$ 10 mil. A ação foi movida pelo MDB, partido do atual prefeito de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes.

No dia 4, Boulos divulgou um suposto resultado de uma pesquisa eleitoral do Instituto Real Time Big Data para a prefeitura de São Paulo, alegando que “Boulos lidera com 34% contra qualquer bolsonarista”. No entanto, tal cenário não estava presente na pesquisa realizada pela instituição.

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Na sentença, o juiz eleitoral Antônio Maria Patiño Zorz considerou que houve “divulgação irregular de dados com indução do eleitor a erro”. Ele afirmou que a culpa do deputado estava na divulgação de um resultado fictício como se fosse oficial, embora não tenha sido parte do questionário do instituto de pesquisas Real Time Big Data.

De acordo com o MDB, Boulos criou um cenário inexistente na pesquisa para manipular a opinião pública. O advogado da sigla, Ricardo Vita Porto, destacou que o cenário divulgado era fictício e facilmente verificável através da leitura do questionário da pesquisa e dos resultados reais.

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O jurista ressaltou que a divulgação de resultados falsos em pesquisas eleitorais é explicitamente proibida, pois deve ser fiel à verdade e não induzir o eleitor a erro sobre o desempenho dos candidatos.

A assessoria de Boulos afirmou que o pré-candidato vai recorrer da decisão.

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Quanto à pesquisa em questão, um dos cenários reais, encomendado pela RECORD, mostrou que, em um eventual segundo turno com Boulos, Nunes teria 51%, contra 49% do adversário, o que os colocaria empatados dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais. A pesquisa foi realizada com 2 mil pessoas entre os dias 1º e 2 de março e está registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-033963/2024, com um grau de confiança de 95%.

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