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Em documento divulgado na quarta-feira (17), a Comissão de Assuntos Judiciários da Câmara dos Deputados dos EUA revelou que o podcaster Monark foi “censurado” pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por criticar justamente a censura praticada pelo ministro.
O documento cita o bloqueio das contas de Monark, determinado por Alexandre de Moraes, sob a alegação de que o influenciador teria divulgado “notícias fraudulentas” sobre ações do STF e do TSE.
Em decisão de 13 de junho de 2023, Alexandre de Moraes determinou o “afastamento excepcional de garantias individuais” nas suas ordens para remover conteúdo e bloquear contas nas redes sociais.
Na ocasião, em seu canal na plataforma Rumble (que decidiu sair do Brasil por discordâncias com Moraes no final de 2023), Monark afirmou: “Toda vez que o Supremo faz um movimento desse [determina o bloqueio de contas], ele gasta fichas políticas. Isso tem um custo para ele. […] Então, por que ele [Supremo] está disposto a pagar este custo? Por que ele [Supremo] está disposto a garantir uma não-transparência nas eleições? A gente vê o TSE censurando gente, a gente vê o Alexandre de Moraes prendendo pessoas, você vê um monte de coisa acontecendo, e, ao mesmo tempo, eles impedindo a transparência das urnas? Você fica desconfiado, que maracutaia está acontecendo nas urnas ali? Por quê? Por que o nosso sistema político não quer deixar o povo brasileiro ter mais segurança? Qual é o interesse? Manipular as urnas? Manipular as eleições?”.
A comissão dos EUA afirma que Moraes teria discordado especificamente das declarações de Monark sobre ele. Como exemplo, destaca um trecho da fala acima: “A gente vê o TSE censurando gente, a gente vê o Alexandre de Moraes prendendo pessoas”.
Na avaliação dos norte-americanos, “Moraes ordenou a censura de um cidadão brasileiro por criticar Moraes por censurar brasileiros”.