Justiça

MP recorre e volta a pedir prisão do motorista de Porsche que matou condutor de app

Reprodução: TV Globo

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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou um recurso solicitando novamente a prisão de Fernando Sastre de Andrade Filho, empresário que estava ao volante de um luxuoso Porsche envolvido em um grave acidente no último mês em São Paulo.

O acidente resultou na trágica morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana e em ferimentos graves para Marcus Vinicius Machado Rocha, estudante de medicina que estava no banco do passageiro do Porsche.

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A promotora de Justiça Monique Ratton tomou essa iniciativa ao protocolar, nesta quinta-feira (2), uma medida cautelar inominada. O objetivo é que a Justiça reconsidere a decisão anterior que negou a prisão preventiva do condutor do Porsche. Ratton argumenta que, além de preencher os requisitos legais para a prisão preventiva, “há indícios de tentativa de influenciar o depoimento de uma testemunha, como revelado após a análise das gravações das câmeras policiais”.

O MPSP aponta que essa menção se refere à namorada de Sastre, cujo testemunho apresentou informações coincidentes com as fornecidas pela mãe do acusado. Além disso, o recurso ressalta que o empresário está relacionado a outros dois incidentes de trânsito registrados em boletins de ocorrência. Em um desses registros, consta que ele atingiu dois motociclistas com seu veículo.

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Sastre foi denunciado por homicídio doloso qualificado, cuja pena pode variar de 12 a 30 anos de reclusão, e por lesão corporal gravíssima, que pode aumentar a pena total em até um sexto, ambos na modalidade de dolo eventual.

O inquérito policial havia recomendado a prisão preventiva do empresário uma semana antes. Além disso, a mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, também foi indiciada por deixar o local do acidente. Na denúncia apresentada à Justiça, a promotora Monique Ratton manifestou-se a favor da prisão preventiva para evitar qualquer tentativa de influência do acusado sobre as testemunhas.

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O acidente ocorreu em 31 de março na Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo. As investigações indicam que o veículo estava em alta velocidade antes de colidir com o Renault Sandero conduzido por Ornaldo. Também foi apurado que minutos antes do acidente, Fernando estava com Marcus Vinícius e as respectivas namoradas dos jovens em um restaurante e em uma casa de jogos, onde teriam consumido bebidas alcoólicas.

No momento do acidente, não foi possível realizar o teste do bafômetro, pois a mãe do condutor do Porsche, Daniela, chegou ao local e o retirou com autorização da Polícia Militar, alegando que o levaria ao hospital. Segundo o Ministério Público, o empresário se apresentou à autoridade policial somente 36 horas após a colisão.

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A promotora responsável pelo caso afirma que o condutor do Porsche assumiu o risco do acidente ao dirigir sob influência de álcool e em velocidade superior a 150 km/h.

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