Justiça

Corregedor nacional de Justiça afasta desembargador do PR que disse que ‘mulheres estão loucas atrás dos homens’ em sessão

desembargador Luís César de Paula Espíndola

Nesta quarta-feira (17), o corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, decidiu afastar do cargo o desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Luis Cesar de Paula Espíndola. Espíndola afirmou, em sessão no início do mês, que “as mulheres estão loucas atrás de homens” em uma sessão que analisava um caso de assédio contra uma criança de 12 anos.

O desembargador do TJ-PR foi, inclusive, o único a votar contra a manutenção de uma medida protetiva em relação ao professor da criança, suspeito de assédio. A proibição de contato foi mantida por 4 votos a 1.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

O afastamento de Espíndola foi definido na reclamação aberta por Salomão no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que apura “discurso potencialmente preconceituoso e misógino em relação à vítima de assédio envolvendo menor de 12 anos”.

O afastamento do desembargador atende a um pedido da OAB no Paraná e vale até que a reclamação disciplinar seja julgada em definitivo pelo plenário do CNJ. “Assim, defiro, parcialmente, a cautelar requerida, para determinar o afastamento imediato do magistrado reclamado, até decisão final a ser proferida no procedimento disciplinar correlato ou até deliberação do Plenário acerca desta medida”, escreveu Salomão.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

O desembargador do TJ-PR negou em nota que tenha tido intenção de “menosprezar o comportamento feminino”: “Esclareço que nunca houve a intenção de menosprezar o comportamento feminino nas declarações proferidas por mim durante a sessão da 12ª Câmara Cível do tribunal, afinal, sempre defendi a igualdade entre homens e mulheres, tanto em minha vida pessoal quanto em minhas decisões. Lamento profundamente o ocorrido e me solidarizo com todas e todos que se sentiram ofendidos com a divulgação parcial do vídeo da sessão”.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile