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Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o desmatamento no Cerrado aumentou 83% em maio de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o desmatamento na Amazônia diminuiu 10% em comparação a 2022. Os dados foram divulgados a partir do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Segundo o órgão, a área desmatada no Cerrado cresceu de 726 km² em maio de 2022 para 1.326 km² no mesmo mês de 2023. De acordo com os dados, 77,1% da área desmatada no bioma ocorreu em propriedades registradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR) entre janeiro e maio. O MMA busca identificar qual porcentagem do desmatamento ocorreu legalmente, em áreas autorizadas, e qual foi realizado de forma ilegal.
O secretário executivo do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, afirmou que os dados recentes sobre o desmatamento no Cerrado acendem um alerta para uma ação mais intensa do governo. Ele ressaltou que a elaboração do PPCerrado é uma prioridade enorme e deve ser lançado o mais breve possível, possivelmente em setembro, para que a equipe possa ser colocada em campo o quanto antes.
Em relação à Amazônia, Capobianco informou que houve uma queda no desmatamento da área em relação ao mesmo período do ano passado, o que indica uma possível reversão da curva de destruição.
“O desmatamento na Amazônia tem uma dinâmica extremamente complexa e é muito difícil fazer uma virada rápida. De certa forma o que estamos tendo é positivo, pegamos o desmatamento em alta e estamos conseguindo reverter a curva”, disse Capobianco.
Os dados recentes sobre o desmatamento no Cerrado mostram um aumento menor em comparação ao ano passado. Entre janeiro e maio deste ano, foram desmatados 2.612 km², um número menor do que os 3.532 km² desmatados no mesmo período em 2022, representando um aumento de 35%. Entretanto, a situação ainda exige uma ação intensa do governo para combater o desmatamento na região.
Já em relação à Amazônia, os dados indicam uma queda no desmatamento em comparação ao mesmo período de 2022. Entre janeiro e maio de 2022, 2.867 km² de floresta foram destruídos, enquanto neste ano foram registrados 1.986 km², uma redução de 31%. A dinâmica do desmatamento na Amazônia é complexa, mas os resultados obtidos são positivos e indicam uma possível reversão na curva de destruição da floresta.