Meio Ambiente

Ásia foi região mais afetada por desastres climáticos em 2023, afirma ONU

Foto: Lin2015/Pixabay

No ano passado, a Ásia enfrentou uma devastação sem precedentes devido a desastres relacionados ao clima, conforme anunciado pela Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira. Inundações e tempestades foram os principais vilões, causando um número alarmante de vítimas e enormes perdas econômicas.

A diretora da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Celeste Saulo, destacou que as mudanças climáticas exacerbaram a frequência e a intensidade desses eventos, impactando significativamente a sociedade, as economias e, acima de tudo, as vidas humanas e o ambiente em que vivemos.

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O ano passado foi marcado como o mais quente já registrado em escala global. Celeste ressaltou que a Ásia está aquecendo a uma taxa mais rápida do que a média mundial, com temperaturas em 2023 registrando um aumento de quase 2ºC em relação à média entre 1961 e 1990. O Continente Asiático tem enfrentado um aumento severo nas ondas de calor, enquanto o derretimento das geleiras, especialmente na Cordilheira do Himalaia, ameaça a segurança hídrica da região.

As conclusões do relatório apresentam um quadro preocupante, conforme expressou Celeste Saulo. Ela destacou que muitos países asiáticos enfrentaram uma série de condições extremas em 2023, desde secas e ondas de calor até inundações e tempestades. O relatório enfatiza a rápida aceleração dos principais indicadores das mudanças climáticas, como a temperatura da superfície do mar e o aumento do nível do mar, alertando para o grave impacto nas sociedades, economias e ecossistemas da região.

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A precipitação ficou abaixo do normal em áreas como o Himalaia e a Cordilheira do Hindu Kush, no Paquistão e Afeganistão, enquanto o sudoeste da China enfrentou secas, com níveis de precipitação abaixo da média em quase todos os meses do ano passado. Na região montanhosa da Ásia, especialmente no planalto tibetano, que abriga uma quantidade significativa de gelo fora das regiões polares, a perda de massa das geleiras foi observada em 20 das 22 geleiras monitoradas.

O relatório também aponta que as temperaturas da superfície do mar no noroeste do Oceano Pacífico atingiram os níveis mais altos já registrados em 2023. No total, ocorreram 79 desastres relacionados a riscos meteorológicos e hidrográficos na Ásia no ano passado, com mais de 80% deles sendo inundações e tempestades, resultando em mais de duas mil mortes e afetando diretamente 9 milhões de pessoas.

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“As inundações foram, de longe, a principal causa de morte entre os eventos relatados em 2023”, disse a OMM, observando o elevado nível contínuo de vulnerabilidade da Ásia a eventos de risco natural. Um exemplo notável foi registrado em 7 de setembro, quando Hong Kong enfrentou 158,1 milímetros de precipitação em uma hora, estabelecendo um novo recorde desde que os registros começaram em 1884.

Celeste Saulo enfatizou a urgência de ações e estratégias que reflitam a gravidade do momento. Ela destacou que reduzir as emissões de gases de efeito estufa e adaptar-se às mudanças climáticas são necessidades fundamentais para enfrentar os desafios iminentes.

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