Meio Ambiente

Mundo tem o 12º mês consecutivo de recorde de calor; temperatura global anual deve ultrapassar 1,5°C

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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O mês de maio de 2024 entra para a história como o décimo segundo consecutivo a bater recordes de calor em todo o globo, conforme anunciado hoje pelo Observatório Europeu Copernicus. Esse dado alarmante é baseado na análise da temperatura média do ar em nosso planeta.

Desde junho de 2023, a cada novo mês tem sido registrado como o mais quente, destacando de maneira inquietante a urgência da crise climática que enfrentamos.

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Em uma declaração oficial, Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), explicou que embora essa sequência de recordes possa eventualmente ser quebrada, a tendência geral das mudanças climáticas permanece inalterada, sem sinais de reversão.

“É chocante, mas não surpreendente que tenhamos alcançado essa sequência de 12 meses. Estamos vivendo em tempos sem precedentes, mas também temos habilidades sem precedentes em monitorar o clima e isso pode ajudar a informar nossas ações”, afirmou Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S).

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De acordo com o Observatório Europeu, maio de 2024 registrou o título de maio mais quente já documentado globalmente, com uma temperatura média do ar na superfície superando em 0,65°C a média observada entre abril de 1991 e 2020.

Os cientistas referem-se a essa discrepância como uma anomalia de temperatura, indicando o quão distante a temperatura atual está da média histórica estabelecida. Esse período de referência é significativo por representar um marco antes do agravamento das mudanças climáticas, quando estas se tornaram mais perceptíveis e pronunciadas.

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Além disso, a média global da temperatura nos últimos doze meses, de junho de 2023 a maio de 2024, atingiu seu ponto mais alto já registrado, ultrapassando em 0,75°C a média de 1991-2020 e em 1,63°C a média pré-industrial de 1850-1900.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) também alertou que há uma probabilidade de 80% de que, em pelo menos um dos próximos cinco anos, a temperatura média global anual exceda temporariamente 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

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Esse limite de 1,5°C é considerado o ponto crítico das mudanças climáticas, representando o limiar além do qual os impactos da crise climática induzida pelo homem se intensificam, devido ao aumento contínuo das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera desde a Revolução Industrial.

“Este é um aviso claro de que estamos cada vez mais próximos dos limiares estabelecidas no Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, que se referem a aumentos de temperatura a longo prazo ao longo de décadas, não de um a cinco anos”, disse a OMM em nota.

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Segundo o relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), a temperatura média global à superfície nos anos de 2024 a 2028 é prevista para variar entre 1,1°C e 1,9°C acima da média registrada entre 1850 e 1900. O documento também aponta uma probabilidade de 86% de que ao menos um desses anos estabeleça um novo recorde de temperatura, superando assim 2023, o atual detentor do título de ano mais quente já registrado.

A agência da ONU também informa que há uma probabilidade de 47% de que a temperatura média global durante o período de 2024 a 2028 ultrapasse 1,5°C em relação aos níveis da era pré-industrial. Esse número representa um aumento em comparação aos 32% previstos no relatório do ano anterior para o período de 2023 a 2027.

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Essa tendência indica um aumento consistente na probabilidade de que ao menos um dos próximos cinco anos exceda a marca de 1,5°C desde 2015, quando era virtualmente nula. Entre os anos de 2017 e 2021, essa probabilidade estava em 20%, mas aumentou para 66% entre 2023 e 2027.

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