Meio Ambiente

BNDES libera em 7 meses 2,5 vezes o valor aprovado em 10 anos de Fundo Clima

Fabio Rodrigues - Pozzebom/Agência Brasil

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou, em apenas sete meses de 2024, um montante equivalente a quase 2,5 vezes (143%) de todas as aprovações acumuladas pelo programa BNDES Fundo Clima entre 2013 e 2023, que totalizavam R$ 3 bilhões, a valores de hoje.

De abril a outubro deste ano, o banco aprovou R$ 7,3 bilhões para operações do Fundo Clima, o que representa 70% dos cerca de R$ 10,4 bilhões aportados pela União ao BNDES em abril para financiar projetos de mitigação das mudanças climáticas e de seus efeitos. Vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e gerido pelo BNDES, o Fundo Clima é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima do Governo Federal.

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O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou o compromisso da instituição com o desenvolvimento sustentável e a mitigação dos impactos climáticos, que são prioridades do governo do presidente Lula. Segundo Mercadante, foram aprovados R$ 7,3 bilhões para financiar projetos de energia eólica, solar e biogás, além de iniciativas de mobilidade urbana, como a eletrificação de frotas de ônibus e veículos leves sobre trilhos (VLT), e investimentos na indústria verde e em projetos de florestas nativas, gerando mais de 15 mil empregos verdes. Além dos recursos já aprovados, o BNDES possui R$ 2,7 bilhões em operações do Fundo Clima em processo de deliberação e uma demanda projetada de cerca de R$ 11,5 bilhões para o orçamento de 2025.

O mercado de combustíveis sustentáveis também atrai grande demanda, somando R$ 167 bilhões para projetos de produção, como o combustível de aviação sustentável (SAF) e combustíveis para navegação, o que aponta para a oportunidade de o Brasil liderar o processo global de descarbonização. Mercadante ressaltou a liderança do país na agenda de biocombustíveis há mais de 50 anos e enfatizou a necessidade de dobrar os recursos do Fundo Clima, conforme previsto no orçamento de 2025.

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Os recursos do Fundo Clima são destinados a projetos de desenvolvimento urbano resiliente e sustentável, transição energética (como energia solar e biocombustíveis), eletrificação da frota pública de ônibus, transporte hidroviário e investimentos verdes relacionados à indústria. As operações aprovadas de abril a outubro evitam ou removem 3,3 milhões de toneladas de CO2-equivalente por ano, 16 vezes o total de emissões evitadas em 2023, que foi de 204 mil toneladas de CO2-equivalente. Esse montante equivale a 63% das emissões de voos domésticos brasileiros e 79% das emissões de motocicletas no país.

A expansão do Fundo Clima também refletiu na geração de empregos verdes, com 15,2 mil empregos permanentes gerados pelas operações aprovadas até outubro de 2024, cerca de 20 vezes mais que os 753 postos criados em 2023. Além disso, o Fundo aumentou sua presença nas regiões Norte e Nordeste. No Nordeste, o valor aprovado de abril a outubro deste ano alcançou R$ 1 bilhão, cifra 19 vezes maior que o montante liberado em 2022, que foi de R$ 51 milhões.

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