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A última manobra da primeira-ministra britânica, Theresa May, para concluir a separação do Reino Unido da União Europeia (EU) fracassou nesta quarta-feira (22). A oferta de um novo referendo e uma relação comercial mais próxima com o bloco europeu foram incapazes de convencer alguns parlamentares de oposição e até mesmo, alguns de seu próprio partido.
Tanto parlamentares do governista Partido Conservador quanto do opositor Partido Trabalhista criticaram o Projeto de Lei do Acordo de Retirada, ou WAB, a legislação que implanta os termos do rompimento britânico – e alguns intensificaram os esforços para afastar a líder.
“A segunda leitura proposta do WAB está claramente destinada ao fracasso, então não faz sentido perder mais tempo com a esperança fútil de salvação da primeira-ministra. Ela tem que partir”, disse Andrew Bridgen, um parlamentar conservador.
Após três anos da decisão de sair da UE por 52% a 48% dos votos, May tenta pela última vez a aprovação do acordo junto ao Parlamento antes do fim do seu período como premiê.
A crise britânica do Brexit surpreende aliados e rivais, e o impasse faz com que a quinta maior economia do mundo enfrente opções como uma saída com um acordo para suavizar a transição, uma saída sem um pacto, uma eleição ou um segundo referendo.
A libra esterlina enfraqueceu, já que investidores veem uma chance crescente de um Brexit sem acordo.
O líder trabalhista, Jeremy Corbyn, disse que sua sigla não pode votar a favor do Projeto de Lei de Retirada, descrevendo a nova proposta da premiê como “essencialmente a posição do governo requentada” em conversas com os governistas que fracassaram na semana passada.