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Cristina Kirchner falta ao terceiro dia do julgamento por corrupção

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A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner faltou hoje (3) ao terceiro dia do julgamento oral em que é acusada de corrupção e desvio de verba pública. Para justificar a ausência, Cristin alegou que, na condição de senadora, tinha uma reunião no Congresso argentino.

Ao serem questionados sobre a ausência da ex-presidente no julgamento, os advogados responderam que ela “tinha compromissos parlamentares e que tinha autorização do tribunal” para se ausentar.

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O julgamento de Cristina Kirchner e de mais 12 acusados começou no mês passado. Ela compareceu às duas sessões anteriores, que foram apenas de leitura dos autos. Após a etapa inicial de leituras obrigatórias, começará a etapa de questões preliminares e, em seguida, se darão as declarações indagatórias, que exigem obrigatoriamente a presença dos réus.

O caso

Cristina Kirchner e 12 funcionários de seu governo são acusados de favorecer, entre 2004 e 2015, o empresário Lázaro Báez em contratos de 51 obras, o que representa 80% do total de obras públicas realizadas no período, por cerca de 46 bilhões de pesos, o que equivale a cerca de 1 bilhão de dólares. De acordo com a Justiça, muitas das obras não foram concluídas, foram superfaturadas ou não eram necessárias.

Além de Cristina e Báez, são julgados o ex-ministro do Planejamento Julio de Vido; o ex-secretário de Obras Públicas José López; e Carlos Kirchner, primo do falecido ex-presidente e marido de Cristina, Néstor Kirchner, todos eles atualmente presos. Há ainda oito acusados que permanecem em liberdade após pagameno de fiança.

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Cristina Kirchner tem 12 processos na Justiça, cinco julgamentos pendentes e seis pedidos de prisão preventiva que nunca foram levados adiante por causa do foro privilegiado que tem como senadora. Em setembro, Cristina e os filhos serão ouvidos em outro processo, por lavagem de dinheiro.

Candidatura

Cristina Kirchner é candidata nas eleições de agosto deste ano à Vice-Presidência na chapa liderada por seu ex-chefe de gabinete Alberto Fernández. Ao renunciar ao cargo de senadora para se candidatar, ela perde o foro privilegiado. No entanto, de acordo com juristas argentinos, Cristina não será presa imediatamente. Caso seja eleita, para que seja julgada, detida e afastada do cargo de vice-presidente, ela teria que passar por um julgamento político no Congresso. Como vice, ela poderia ser citada e questionada pela polícia, mas não presa.

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