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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou neste sábado (22) que os imigrantes ilegais serão deportados e defendeu operações maciças que começarão no domingo para deter famílias de imigrantes que residem no país de maneira irregular. Ele confirmou a informação por meio de mensagem no Twitter.
“As pessoas que entraram ilegalmente no nosso país, serão DEPORTADAS!”, escreveu o presidente, que antecipou na segunda-feira passada a realização de batidas com o objetivo de expulsar do país “milhões” de imigrantes ilegais.
Trump defendeu as batidas previstas para começarem no domingo em dez grandes cidades do país e disse que o objetivo das operações que serão realizadas pelo Serviço de Imigração e Alfândegas (ICE, em inglês) são pessoas que já têm ordem de deportação.
“Isto significa que fugiram da lei e fugiram dos tribunais. Estas pessoas devem retornar ao país de origem. Descumpriram com a lei ao entrar no país e agora ao ficar”, disse Trump em seu tweet.
Posteriormente, questionado pela imprensa na Casa Branca pouco antes de se deslocar para a residência de descanso oficial de Camp David, Trump retomou o tema para criticar as cidades que prometeram defender os imigrantes.
“Algumas cidades vão combater essas operações. Muitas dessas cidades são cidades de alto crime e santuário”, disse Trump sobre as cidades, condados e estados que se negam a colaborar com o Governo Federal para deportar imigrantes ilegais.
O Governo Federal batalha politicamente e judicialmente há meses com estas jurisdições para que se somem ao esforço de ampliar e acelerar o processo de expulsão do maior número possível dos mais de 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem no país.
No entanto, várias cidades e estados reafirmaram nestes dias que protegerão os imigrantes ilegais e que os departamentos de polícia sob seu comando não participarão destas batidas e alguns, como Illinois, anunciaram novas medidas para tentar conter a campanha de Trump.
Segundo informaram nesta sexta-feira vários veículos de imprensa, a operação do ICE poderia afetar até 2 mil famílias de imigrantes ilegais nas cidades de Nova York, Miami (Flórida), Houston (Texas), Los Angeles e San Francisco (Califórnia), Chicago (Illinois), Atlanta (Geórgia), Nova Orleans (Luisiana), Baltimore (Maryland) e Denver (Colorado).
O objetivo seriam cerca de 2 mil famílias de imigrantes ilegais que chegaram recentemente ao país e às quais o ICE enviou cartas em fevereiro que informavam que tinham até março para cooperar com as autoridades migratórias e deixar voluntariamente o país.
Isto gerou uma grande inquietação na população imigrante do país e grupos que defendem os direitos deste coletivo lançaram campanhas informativas sobre o que podem fazer caso sejam interceptados por agentes do ICE.
*Com Agência EFE