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Irã ameaça navio britânico em retaliação pela apreensão de petroleiro

(Reuters) – Um comandante da Guarda Revolucionária do Irã ameaçou apreender um navio do Reino Unido nesta sexta-feira (5) em retaliação depois que fuzileiros navais britânicos capturaram um petroleiro iraniano em Gibraltar.

“Se o Reino Unido não liberar o navio-petroleiro iraniano, é tarefa das autoridades apreender um navio-petroleiro britânico”, disse Mohsen Rezai no Twitter.

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O governo de Gibraltar disse que os tripulantes do petroleiro iraniano Grace 1 estão sendo interrogados como testemunhas, não suspeitos de crime, na tentativa de se estabelecer a natureza de sua carga e seu destino final.

Fuzileiros navais britânicos desceram de corda no navio situado no litoral do território britânico na quinta-feira e apreenderam o Grace 1, que estaria violando as sanções impostas contra a Síria ao transportar petróleo iraniano até Damasco. Eles pousaram um helicóptero na embarcação em movimento na escuridão total.

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Irã x Ocidente

A manobra agrava um confronto entre o Irã e o Ocidente poucas semanas depois de os Estados Unidos cancelarem ataques aéreos minutos antes do impacto, e arrasta o aliado mais próximo de Washington a uma crise na qual potências europeias têm se esforçado para permanecer neutras.

Teerã convocou o embaixador britânico na quinta-feira (4) para expressar “sua objeção muito forte à apreensão ilegal e inaceitável” de seu navio, uma medida que também eliminou a dúvida sobre a propriedade da embarcação.

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O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Abbas Mousavi, disse que o carregamento de petróleo cru é de seu país. Segundo os documentos do navio, o petróleo é do vizinho Iraque, mas dados de monitoramento vistos pela Reuters indicam que ele foi carregado em um porto iraniano.

Países europeus vêm andando na corda bamba desde o ano passado, quando os EUA ignoraram seus apelos e se desligaram de um pacto entre o Irã e potências mundiais que deu a Teerã acesso ao comércio global em troca de limitações em seu programa nuclear.

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Nos últimos dois meses, Washington endureceu as sanções contra Teerã visando interromper totalmente suas exportações de petróleo. Isso praticamente interditou os principais mercados ao Irã e o forçou a encontrar maneiras heterodoxas para vender seu petróleo cru.

Ainda na quinta-feira, Gibraltar disse ter razões consideráveis para acreditar que o Grace 1 estava transportando petróleo cru para a refinaria de Baniyas, na Síria, mas não mencionou a propriedade da embarcação ou a origem da carga.

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Especialistas em navegação dizem que ele pode ter tentado evitar a rota mais direta pelo Canal de Suez, onde um grande petroleiro normalmente seria instruído a descarregar parte de sua carga em um oleoduto para passar, o que poderia expô-lo a uma apreensão.

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