CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – Autoridades mexicanas afirmaram, neste sábado, que investigariam o assassinato de um jornalista no Estado de Veracruz, na costa do Golfo, o terceiro repórter morto em uma semana no México, em meio a uma taxa recorde de homicídios no país.
Jorge Ruiz Vázquez, repórter do jornal Gráfico de Xalapa, na capital de Veracruz, foi morto apesar dos procedimentos de segurança para protegê-lo, afirmou o gabinete do promotor estadual.
“O promotor investigará por que as medidas de proteção concedidas às vítimas e à sua família, que estava ativas, não foram aplicadas”, disse, em um comunicado.
A morte de Ruiz leva o total de assassinatos de jornalistas neste ano no México para pelo menos oito, em comparação com nove ano passado, segundo o grupo que advoga a favor da liberdade de expressão, Artigo 19.
Um repórter no Estado de Guerrero, que também servia como oficial do município, foi morto a tiros na sexta-feira. No começo da semana passada, um jornalista que cobria a polícia no mesmo Estado foi encontrado morto no porta-malas de um veículo, com sinais de que havia sido alvo de tiros e torturado.
Assassinatos no México pularam na primeira metade do ano para o maior número já registrado, de acordo com dados oficiais.
A violência crescente sublinha os desafios que o presidente Andrés Manuel López Obrador enfrenta desde que assumiu o poder, em dezembro, com a promessa de reduzir a violência no país assolado por notórios cartéis de drogas.