Centenas de manifestantes voltam a ocupar aeroporto de Hong Kong nesta sexta-feira (9), dia em que o movimento completa dois meses. O objetivo da ação é sensibilizar visitantes estrangeiros sobre os motivos das manifestações populares que desde 9 de junho têm levado multidões às ruas do território semiautônomo.
“Não somos agitadores, isso é uma tirania”, gritavam manifestantes, a maioria vestidos de preto e máscaras e capacetes.
Os protestos começaram depois que o governo local apresentou um projeto de lei – atualmente suspenso – que permitiria a extradição de cidadãos de Hong Kong para a China continental.
Embora o governo tenha recuado no projeto, os manifestantes ampliaram a pauta de reivindicações com o objetivo de barrar o que consideram a crescente influência de Pequim e de impedir a redução das liberdades dos cidadãos que vivem em Hong Kong.
Os manifestantes, que não têm um líder, utilizam as redes sociais para coordenar os protestos e, até agora, conseguiram poucas concessões do poder político. A maioria dos atos é pacífico, mas com frequência terminam em confrontos com as forças de segurança.
No dia em que houve a celebração oficial do 22º aniversário do retorno do território ao domínio da China, no início de julho, manifestantes invadiram o Parlamento local.
As autoridades chinesas advertiram os manifestantes de Hong Kong para que não subestimem “a firme determinação e a imensa força do governo central da China” e “não brinquem com fogo”, em uma clara ameaça de intervenção direta na repressão das manifestações.
Por G1