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Protestos no Chile com 3 mortes; presidente deu “carta branca” para militares

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O governo do Chile continua a apostar nas Forças Armadas para restaurar a ordem no país, após os violentos atos de vandalismo que se multiplicaram ao longo do sábado (19) por diversos pontos do território e já causaram três mortes.

A militarização aumentou para tentar controlar os distúrbios causados desde a sexta-feira passada como consequência dos protestos da população contra a alta do preço da passagem de metrô — o estopim da saturação da sociedade com o encarecimento do custo de vida e a desigualdade do país.

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As forças de segurança foram surpreendidas pela quantidade de atos de vandalismo em pontos muito diversos de Santiago, como incêndios em estações de metrô, barricadas e saques em lojas, supermercados, bancos e hotéis.

Tudo isso motivou a declaração do estado de emergência no sábado, para confiar ao Exército o controle da situação na capital, medida que foi ampliada para as regiões de Valparaíso (centro), Concepción (sul), as cidades de Coquimbo e La Serena, na região de Coquimbo (norte), e a cidade de Rancagua, em O’Higgins (centro).

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Ao longo da madrugada foram mobilizados mais 1.500 militares em Santiago, chegando a um total de 9.441, com o objetivo de controlar pontos estratégicos como o fornecimento de água, luz e cada uma das 136 estações de metrô, os alvos mais desejados dos radicais.

Além disso, as autoridades militares decretaram o toque de recolher em Santiago, Valparaíso e Concepción até as 7h (horário de Brasília), mas a medida não impediu a realização de saques em mercados e shoppings, embora em menor medida.

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Depois de apagarem as chamas de um dos supermercados saqueados, as autoridades encontraram dois corpos carbonizados e outra pessoa em estado grave que foi transferida a um hospital e morreu. Essas são as primeiras vítimas desses distúrbios.

Reivindicações

O descontentamento de parte da sociedade com a previdência chilena, administrada por empresas privadas, o custo da saúde, o deficiente sistema público de educação e os baixos salários em relação com o custo da vida emergiu com os protestos contra o aumento do preço do metrô.

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Transporte afetado

Com o auge da violência e muitas estações queimadas, o metrô de Santiago decretou o fechamento de todas as linhas. A empresa de ônibus urbanos da capital suspendeu o serviço até as 7h30 deste domingo. Além disso, foram cancelados pelo menos 42 voos com saída e chegada ao Aeroporto Internacional de Santiago.

Por outro lado, a passagem Os Libertadores, principal via terrestre entre Chile e Argentina e situada em Valparaíso, ficou fechada desde que começou o toque de recolher na região.

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*Com EFE

 

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