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O Ministério das Relações Exteriores do Chile disse no domingo (26) que ficou “espantado” com comentários do presidente da Argentina, Alberto Fernández, que se encontrou com líderes opositores chilenos recentemente, repreendendo seu vizinho por “se intrometer nos assuntos internos do Chile”
Fernández, um peronista de centro-esquerda, conversou na sexta-feira por videoconferência com membros do progressista Grupo de Puebla, fundado por figuras da esquerda como o equatoriano Rafael Correa, o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o uruguaio José Mujica, entre outros.
Na reunião, organizada pela oposição do Chile, Fernández incentivou os partidos de esquerda do país a “superarem suas diferenças e voltar ao poder em nome dos chilenos”, de acordo com reportagens publicadas no site do Grupo de Puebla.
Ele disse ao grupo, que incluiu líderes dos influentes partidos socialista, comunista e cristão chilenos, que está “feliz com o que está vendo no Chile”, segundo as reportagens.
A chancelaria chilena refutou os comentários de Fernández em um comunicado no domingo, dizendo que eles “não contribuem para o avanço de uma pauta bilateral que tem sido frutífera e que tem sido desenvolvida por diversos governos dos dois países”.
Chile e Argentina, separados geograficamente pela Cordilheira dos Andes, são rivais de longa data e já tiveram vários atritos políticos.
Sebastián Piñera, empresário bilionário e presidente de direita do Chile, enfrentou meses de protestos muitas vezes violentos contra a desigualdade no final de 2019.
Por: Reuters