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(ANSA) – Pela primeira vez em mais de 30 anos, o Senado da Itália anulou uma votação devido a um erro no cálculo do quórum mínimo necessário para validar o resultado.
O episódio ocorreu na última quinta-feira (18), na deliberação sobre o voto de confiança ao governo na medida provisória que convoca para setembro as eleições municipais e regionais e o referendo sobre o redução do número de parlamentares que estavam previstos para o primeiro semestre.
O voto de confiança, que condiciona a continuação do governo no poder à aprovação do projeto, havia sido confirmado com um placar de 145 a dois, além de duas abstenções. O Senado tem 320 membros, mas a oposição decidira boicotar a votação.
No entanto, horas depois, a Presidência do Senado disse ter havido um erro no cálculo do quórum mínimo e alterou o piso para validar o resultado de 149 para 150 votos, forçando a convocação de uma nova sessão.
Essa cifra é calculada a partir do total de senadores, descontados aqueles com falta justificada, que deve sempre ser comunicada por escrito ao presidente da casa. O último erro do tipo no Senado havia acontecido em uma votação em 1989.
A sessão foi repetida na manhã desta sexta-feira (19), quando o voto de confiança ao decreto das eleições foi aprovado por um placar de 158 a zero, novamente com boicote da oposição.
Sete regiões italianas irão às urnas no segundo semestre: Campânia, Marcas, Puglia e Toscana, controladas pela esquerda; Ligúria e Vêneto, comandadas pela direita; e Vale de Aosta, governada por partidos autonomistas locais.