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Militares fazem golpe de Estado em Mali e prendem presidente e 1º ministro do país

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 O presidente de Mali, Ibrahim Bubacar Keita, e o premier do país, Boubou Cissè, foram presos por militares que se amotinaram nesta terça-feira (18), informou o líder do grupo à imprensa local. Desde a manhã de hoje, diversos motins foram registrados e há informações de um golpe de Estado em curso. No entanto, a situação é bastante confusa.  

“O presidente e o premier estão sob nosso controle”, disse o representante acrescentando que as prisões ocorreram na casa de Keita, na capital Bamako.   

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Um outro funcionário do Exército informou que eles estão sendo levados em um carro blindado para Kati, onde está localizado o quartel que lidera o motim.

Mais cedo, um médico local informou à agência francesa AFP que “soldados furiosos pegaram em armas no acampamento de Kati e atiraram para o ar, e eles estavam muito nervosos”. Mas, a razão do “nervosismo” não está clara. Há testemunhas que falam em problemas no pagamento dos salários, porém o governo não confirma a notícia.   

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Após os rumores de motins, Cissè emitiu um comunicado oficial na manhã desta terça-feira pedindo que os militares “silenciem as armas” e se unam em um “diálogo fraterno para dissipar mal-entendidos”.   

Pouco depois, a Comunidade dos Estados da África Ocidental (Cedeao) – responsável por intermediar as conversas entre os expoentes internos do Mali, bem como com governos internacionais desde o golpe de Estado de 2012 – emitiu também uma nota dizendo que acompanhava com “grande preocupação” a situação nesta terça-feira, que já surgiu “em um contexto social e político já muito complexo”.   

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A entidade pediu para que os militares voltassem aos seus quartéis para acalmar os ânimos e que é contrária “a qualquer mudança política inconstitucional”.   

Os governos dos Estados Unidos e da França, através de diplomatas, informaram que também acompanham com “preocupação” a situação no Mali e que não apoiam nenhum tipo de ação anticonstitucional.

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– Crise política: Há dois meses, o Mali está vivenciando um período de grave crise política, com protestos diários contra Keita e seu governo.   

A oposição, reunida sob o Movimento 5 de Junho, cobra a renúncia do mandatário e tem uma grande presença de militares que, assim como aconteceu no golpe de 2012, está insatisfeita com as medidas tomadas pelo atual mandatário.   

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No entanto, até mesmo entre os membros do Movimento houve um “racha” no último mês, após uma das manifestações ter terminado com 11 pessoas mortas durante os atos.

*Com informações de ANSA

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