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Acusado de ataque em Paris confessa intenção de atingir jornalistas de Charlie Hebdo

RFi  – O paquistanês de 18 anos, principal suspeito do ataque ocorrido nesta sexta-feira (25) contra dois jornalistas que trabalham na produtora Premières Lignes, disse em depoimento à polícia que pensava ter esfaqueado membros da equipe de Charlie Hebdo. A empresa funciona no mesmo prédio onde ocorreu o massacre que dizimou a redação do jornal satírico em janeiro de 2015. O semanário deixou o local há cinco anos, transferido para um endereço mantido em segredo pela polícia francesa.

O suspeito Ali H., nascido em 2002 em Islamabad, confessou ser o autor das agressões executadas com uma machadinha de açougueiro (cutelo), durante sua primeira audiência nas instalações da seção antiterrorismo (SAT) da brigada criminal de Paris. Os dois jornalistas barbaramente feridos na sexta-feira, confundidos com cartunistas pelo jovem paquistanês, foram operados e não correm risco de morte. Eles fumavam na calçada quando foram golpeados na cabeça, no rosto e no tórax.

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O jovem declarou no interrogatório “não ter suportado” a republicação de imagens do profeta Maomé na capa de Charlie Hebdo no dia 2 de setembro passado. A decisão editorial foi uma escolha da redação de Charlie para marcar o início do julgamento de 14 réus acusados de cumplicidade nos atentados de janeiro de 2015. O massacre, também motivado na época pela publicação de caricaturas do profeta muçulmano e posteriormente reivindicado pelo grupo terrorista Al-Qaeda, matou 12 pessoas, incluindo oito cartunistas de Charlie Hebdo.

O presidente Emmanuel Macron defendeu a publicação das novas charges de Maomé, destacando que a França é um país que respeita a liberdade de imprensa e onde as pessoas têm o direito de blasfemar. A Al Qaeda, por sua vez, ameaçou o país e a equipe do satírico de novos ataques.

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Segundo o jornal Le Parisien, o suspeito visitou o local do ataque na véspera para fazer um reconhecimento da área. Imagens de câmeras de segurança mostram o paquistanês passando em frente ao local na manhã de sexta-feira, antes de entrar em ação. Em sua mochila, ele carregava uma garrafa de solvente, indício revelador de seu plano inicial de incendiar o edifício, afirma o Le Parisien.

 

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