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As perspectivas de prorrogação do mais recente tratado que limita a mobilização de armas nucleares estratégicas dos Estados Unidos e Rússia pareciam desanimadoras nesta sexta-feira, depois que o governo norte-americano rejeitou uma proposta russa de renovação incondicional de um ano por considerá-la “inviável”.
O novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start, na sigla em inglês), que foi assinado em 2010 e expira em fevereiro, restringe o número de ogivas nucleares estratégicas que os dois países podem mobilizar, além de mísseis e dos bombardeiros que os transportam.
Não renovar o pacto anularia todas as restrições, o que poderia dar ensejo a uma corrida armamentista pós-Guerra Fria e ampliar as tensões entre às duas maiores potências nucleares do mundo.
Falando por videoconferência em uma reunião do Conselho de Segurança russo que foi transmitida pela televisão estatal, o presidente Vladimir Putin disse que o tratado funcionou com eficiência até agora e que seria “extremamente triste” se deixasse de funcionar.
“No tocante a isso, proponho… prorrogar o tratado atual sem quaisquer condições por ao menos um ano para que negociações significativas sobre todos os parâmetros dos problemas possam ser conduzidas”, disse.
Horas depois, no entanto, o conselho de Segurança Nacional dos EUA, Robert O’Brien rejeitou a oferta de Putin.
Ele reiterou que os EUA propuseram estender o acordo por um ano, durante o qual as mobilizações de todas as armas nucleares –estratégicas e táticas– seriam suspensas.
“A resposta do presidente Putin hoje para estender o novo Start sem congelar todas as ogivas nucleares são inúteis”, disse O’Brien em comunicado. “Esperamos que a Rússia reavalie sua posição antes que ocorra uma custosa corrida armamentista.”
*Reuters