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Milhares de pessoas foram às ruas nas principais cidades da França para homenagear Samuel Paty, o professor decapitado na sexta-feira (16) por um homem após que mostrar uma caricatura de Maomé a seus alunos.
O professor foi decapitado por volta das 17h locais (12h de Brasília), no meio da rua, perto da escola Bois d’Aulne, onde ele trabalhava, em Conflans-Sainte-Honorine. A pequena cidade de 35 mil habitantes fica a 50 quilômetros de Paris. A Procuradoria Nacional Antiterrorista abriu uma investigação por “assassinato em conexão com entidade terrorista” e “associação criminosa terrorista”.
O ministro da Educação da França, Jean-Michel Blanquer, também esteve no protesto. “É absolutamente importante mostrar nossa mobilização e nossa solidariedade, nossa coesão nacional”, disse à emissora France 2, pedindo a “todos que apoiem os professores”.
Alguns manifestantes carregavam cartazes com a frase “Eu sou professor” (“Je suis prof”), ecoando o slogan “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie), grito de guerra dos protestos contra a chacina executada por terroristas islâmicos na redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, em 2015.
O autor do ataque, um refugiado de nacionalidade tchetchena de 18 anos, foi morto a tiros pela polícia. Segundo testemunhas, o assassino teria gritado “Allahu Akbar” (“Deus é grande” em árabe), ao ser abatido a 200 metros do local.