O ditador da Venezuela Nicolás Maduro retomou o controle da Assembleia Nacional do país, de acordo com resultados iniciais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na madrugada desta segunda-feira (07).
A coligação de siglas governistas “Grande Polo Patriótico” obteve 67,7% dos votos. Dessa forma, terá a maioria dos assentos no parlamento. A posse dos novos deputados será em 5 de janeiro.
A abstenção chegou a 69% dos eleitores. No país, não é obrigatório ir às urnas.
Nesta eleição venezuelana, legendas e políticos da oposição foram proibidos de se inscreverem para concorrer. Além disso, Maduro vetou a presença de observadores internacionais independentes.
A Assembleia Nacional da Venezuela, hoje liderada pelo presidente Juan Guaidó, que foi impedido de concorrer à eleição, era o único poder não comandado por aliados de Maduro.
Porém, desde 2017, a Assembleia está de mãos atadas, já que o ‘STF venezuelano’ anulou todas as decisões do Legislativo. Partidos de oposição acusaram Maduro de fraudar as urnas.
“O povo, enfrentando todas as dificuldades, saiu para eleger a sua Assembleia Nacional”, disse Maduro em pronunciamento, depois da divulgação dos resultados desta eleição.
“Obtivemos uma tremenda vitória. Tudo o que ganhamos até hoje, ganhamos com votos, pois somos democratas”.