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Sob a justificativa de evitar o extremismo religioso, a China abriu uma consulta popular com o objetivo de criar leis que limitam o controle da liberdade religiosa de estrangeiros dentro em seu território.
O país asiático vem impondo mecanismos de controle, repressão em um ato ofensivo a liberdade de fé dos visitantes e até mesmo da população local.
A China aprova somente cinco religiões sendo elas: o budismo chinês, taoísmo, islamismo, catolicismo e o protestantismo, e todas estas são vigiadas por oficiais que integram grupos como o Movimento Patriótico das Três Autoridades Protestantes e a Associação Budista da China, que são monitorados pelo Departamento da Frente Unida de Trabalho do Partido Comunista.
Sem a supervisão destes qualquer prática religiosa exercida em igrejas clandestinas, seitas e grupos de estudo religioso são punidas severamente.
As leis tendem a serem “mais leves” aos estrangeiros de outras religiões, como os mórmons e judeus, desde que seja comprovado que todos os fiéis envolvidos não são chineses.
A adoção das novas regras, segundo as autoridades chinesas, irão servir para evitar que atos religiosos estrangeiras “minem a unidade e solidariedade étnica da China”, mas, na verdade, tudo isso serve apenas para impor um controle sobre a liberdade dos estrangeiros que querem praticar sua fé.
O jornal chinês Global Times informou que as autoridades seniores e especialistas acreditam que a medida não é diferente do que o próprio Ocidente faz para ter um controle sob o extremismo religioso e terrorismo em seus territórios.
Em 17 de dezembro a consulta pública será disponibilizada à população o documento que contém 5 partes, explica sobre os procedimentos para a prática das atividades religiosas em grupo, interações com grupos religiosos em outros países e a responsabilidade que religiosos estrangeiros têm durante o tempo de permanência na China.
O que mais se destaca é o Artigo 21, que já possui uma lista das atividades que os turistas estão proibidos exercer na China, como, por exemplo, interferir ou dominar interesses dos chineses religiosos; ter ou expressar pensamentos religiosos extremistas; investir, apoiar atividades extremistas ou ilegais e tentar utilizar a religião como ataque as autoridades chinesas.
Essa não é a primeira vez que a China é criticada por suas “imposições religiosas”, o país asiático foi criticado internacionalmente após grupos de direitos humanos internacionais, flagrarem cerca de 2 milhões de uigures e outras minorias sendo perseguidos por autoridades chinesas, tendo inclusive celulares espionados e sendo mandados para “campos de reeducação”.