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O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, anunciou neste sábado (25) que o governo da Alemanha comprou uma nova droga contra a covid-19 à base de anticorpos. O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump recebeu esse tipo de terapia quando contraiu o coronavírus. Trump foi tratado no início de outubro com o coquetel de anticorpos REGN-COV2, da Regeneron.
Trump foi internado em um hospital militar menos de 24 horas após a confirmação de sua infecção por covid-19, na noite de 2 de outubro de 2020. Naquela noite, uma dose de oito gramas do REGN-COV2 foi administrada ao presidente de 74 anos.
Ele também recebeu uma primeira dose do antiviral remdesivir, que antes era usado para combater a hepatite C e o ebola, dexametasona, zinco, vitamina D, famotidina, melatonina e uma aspirina diária.
“A partir da próxima semana a Alemanha será o primeiro país da UE onde serão usados anticorpos monoclonais. Inicialmente isso ocorrerá em clínicas universitárias”, disse Spahn, em entrevista ao jornal Bild am Sonntag.
O tratamento com anticorpos visa beneficiar pacientes adultos com sintomas leves ou moderados e com risco de agravamento da doença. “Eles funcionam como uma vacinação passiva. A administração desses anticorpos pode ajudar os pacientes de alto risco na fase inicial a prevenir um agravamento da doença”, disse Spahn.
“O governo alemão comprou 200 mil doses por 400 milhões de euros”, complementou. Isso corresponde a um preço de 2 mil euros (cerca de R$ 13 mil) por dose. Os medicamentos serão gradativamente colocados à disposição dos hospitais especializados, gratuitamente, dentro das próximas semanas.
O tratamento com anticorpos visa beneficiar pacientes adultos com sintomas leves ou moderados e com risco de agravamento do vírus. “Eles funcionam como uma vacinação passiva. A administração desses anticorpos pode ajudar os pacientes de alto risco na fase inicial a prevenir um agravamento da doença”, disse o ministro da Saúde alemão.
A administração da terapia será baseada em uma avaliação individual de risco e benefício realizada pelo médico responsável pelo tratamento, informou as autoridades de saúde
Os anticorpos monoclonais são produzidos em laboratório com função de desativar o vírus após a infecção. “Monoclonal” significa que os anticorpos usados são todos iguais e atacam o vírus num alvo claramente definido. “De acordo com os estudos disponíveis, o medicamento pode ajudar a limitar a quantidade de vírus no corpo e, assim, ter uma influência positiva no curso da doença”, disse uma porta-voz do ministério.
O ingrediente ativo do REGN-COV2 é uma combinação de dois anticorpos especialmente desenvolvidos que se ligam à chamada proteína spike do coronavírus e podem, assim, deformar sua estrutura, impossibilita que a covid-19 ataque as células humanas e se multiplique. De acordo com a Regeneron, a combinação de dois anticorpos diferentes visa evitar a mutação do vírus Sars-cov2.