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Pandemia pobreza Itália
O índice de pobreza absoluta na Itália voltou a crescer em 2020, ano da pandemia do novo coronavírus, e atingiu o maior valor desde o início da série histórica, em 2005.
Segundo estimativas divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat) nesta quinta-feira (4), a porção da população que vive nessa condição subiu de 7,7% em 2019 para 9,4% no ano passado, totalizando 5,6 milhões de pessoas.
Em termos de famílias, o índice saltou de 6,4% para 7,7% em um ano, totalizando pouco mais de 2 milhões. O crescimento da pobreza absoluta em 2020 reverteu os ganhos registrados em 2019, período que havia interrompido quatro anos consecutivos de aumento.
Com exceção das famílias com apenas um integrante, todos os outros tipos de núcleos tiveram alta na pobreza absoluta, com o índice crescendo progressivamente de acordo com o número de componentes.
Para famílias de duas pessoas, a pobreza absoluta subiu de 4,3% para 5,7%; para famílias de três pessoas, de 6,1% para 8,6%; para famílias com quatro pessoas, de 9,6% para 11,3%; e para famílias com cinco ou mais pessoas, de 16,2% para 20,7%.
Além disso, segundo o Istat, o índice de pobreza absoluta entre menores de 18 anos cresceu de 11,4% para 13,6%, também recorde desde 2005 e totalizando 1,346 milhão de indivíduos.
Para calcular os índices, o instituto define o valor monetário, em preços correntes, do “conjunto de bens e serviços considerados essenciais para uma família”, sendo que essa cifra varia de acordo com o tamanho do núcleo, a idade dos seus componentes e o local de residência.
Uma família é considerada em situação de “pobreza absoluta” quando tem uma renda mensal inferior ao custo dessa cesta básica de bens e serviços.
Para um núcleo formado por um casal e dois filhos adolescentes e residente em uma área metropolitana do norte da Itália, por exemplo, o índice de pobreza absoluta é de 1.773,52 euros (considerando a renda total da família), o que equivale a R$ 12 mil pela cotação atual.
Já para uma família de composição idêntica, mas moradora de uma pequena cidade do sul, o valor mínimo diminui para 1.304,41 euros (R$ 8,81 mil).
*Com informações de ANSA