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Coreia do Norte diz que só retoma diálogo se EUA abandonarem postura “hostil”

RFI – A Coreia do Norte vai ignorar qualquer tentativa de contato feita pelos Estados Unidos, enquanto Washington não abandonar sua “política hostil” em relação ao país. O anúncio foi feito pela vice-chanceler norte-coreana, Choe Son Hui, antes de uma série de encontros em Seul de representantes do governo americano.

“Nenhum contato, ou diálogo, entre Estados Unidos e Coreia do Norte poderá acontecer até que Washington acabe com sua política hostil”, declarou a representante do regime norte-coreano, citada pela agência de notícias Yonhap. “Seguiremos ignorando todas as tentativas futuras dos Estados Unidos”, acrescentou.

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As declarações foram feitas durante a visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e do chefe do Pentágono, Lloyd Austin, a Seul, na segunda etapa da viagem dos americanos à Ásia para reforçar uma frente contra a Coreia do Norte, que possui armas nucleares, e a China.

Na terça-feira (16), Kim Yo-jong, a influente irmã do líder norte-coreano, Kim Jong-un, pediu que o governo americano não “espalhasse cheiro de pólvora em nossa terra se quiser dormir em paz pelos próximos quatro anos”.  

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O comunicado de Kim Yo-jong foi a primeira referência explícita à nova administração em Washington, desde a eleição de Joe Biden, embora o nome do novo presidente americano, sucessor de Donald Trump, não tenha sido citado.

Austin e Blinken tinham reuniões previstas nesta quinta-feira com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in. Em 2018, ele foi o mediador das negociações entre Kim Jong-un e Donald Trump. Após uma troca de insultos e de ameaças de guerra com Kim, Trump mudou de tática e iniciou uma grande aproximação com o país isolado, marcada por encontros históricos e simbólicos. A relação entre os dois não resultou, porém, em avanços para a desnuclearização do Norte, alvo de múltiplas sanções internacionais por seu programa armamentista.

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As negociações estão paralisadas desde o fracasso do segundo encontro entre Kim Jong-un e Trump, em fevereiro de 2019 em Hanói. Um dos motivos da estagnação é a ausência de um acordo sobre as concessões que a Coreia do Norte deveria fazer em troca da retirada das sanções internacionais. Seul e Washington iniciaram na semana passada exercícios militares conjuntos.

Primeira reunião com a China

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O secretário de Estado americano e o chefe do Pentágono, que antes visitaram o Japão, iniciaram uma série de consultas sobre a política do novo governo americano para a Coreia do Norte. Depois de Seul, Blinken viajará a Anchorage, no Alasca, para as primeiras reuniões com altos funcionários da diplomacia da China. O país é o principal aliado diplomático e comercial da Coreia do Norte e, segundo Blinken, com sua “grande influência” pode ter um “papel-chave” na resolução da crise nuclear representada pela Coreia do Norte.

Além da questão norte-coreana, porém, Washington e Pequim estão em crise por temas comerciais, territoriais e de direitos humanos. O governo Biden tem adotado uma abordagem mais dura do que a administração Trump em relação à China. E agora busca alianças para frear as ambições regionais – políticas, econômicas e territoriais – de Pequim.

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Nesta quinta, autoridades chinesas afirmaram que não farão concessões em termos de soberania e segurança em assuntos como a administração de Hong Kong, ou a situação na região de Xinjiang, nas reuniões com autoridades americanas no Alasca. “A China não fará nenhuma concessão em temas que dizem respeito à soberania, segurança e interesses”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, ao advertir que qualquer pressão a respeito será “inútil”.

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