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Em sua fase mais crítica da pandemia, a ditadura comunista de Cuba anunciou que vai adotar medidas mais drásticas para conter o avanço da Covid-19, entre elas restrições de mobilidade na ilha e “sinalizações” em casas onde possa haver pessoas contaminadas.
A ditadura também vai ampliar as patrulhas de vigilância nas ruas para garantir o cumprimento das determinações. Foram anunciados também mais patrulhamentos nos bairros e no interior e mais atuação de “ativistas da comunidade” que denunciem “indisciplinas” em suas vizinhanças.
Segundo levantamento da Reuters, com base em dados do regime ditatorial, Cuba vem registrando mais de mil casos de Covid-19 por dia desde o começo de abril, o pior nível desde o começo da pandemia.
A situação é mais grave nos principais centros urbanos da ilha: Havana e Santiago de Cuba.
Porém as autoridades cubanas não incluem as limitações do sistema de saúde da ilha como um dos fatores que intensificou os casos de Covid.
Relatos em redes sociais e jornais opositores e independentes indicam que os hospitais estão pressionados pela falta de medicamentos e insumos. O site de notícias 14yMedio informou no fim de semana que as denúncias sobre falta de medicamentos para tratar outras doenças estão aumentando.
Essa escassez, reflexo da crise econômica que a ilha já vinha enfrentando antes da pandemia, foi admitida no ano passado por membros do Ministério da Saúde, que disseram que Cuba conta apenas com “um quadro básico de remédios” devido a “tensões financeiras”.
O regime comunista também não mencionou como motivo do aumento de casos as grandes filas que se formam em frente aos mercados e comércios todos os dias, devido à falta de alimentos e itens básicos, mas informou que pretende “reforçar as medidas organizacionais nas redes de lojas com o objetivo de evitar aglomerações de pessoas para comprar produtos”, segundo o site CubaDebate.
Medidas restritivas de circulação e funcionamento do comércio já estão em vigor há algum tempo, como o fechamento de bares, praias, escolas e toque de recolher a partir das 21h.
Agora, as autoridades cubanas devem aumentar a vigilância nas ruas para evitar aglomerações, além de promover campanhas para persuadir a população a levar os riscos da doença mais a sério.