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Empresário chinês crítico da ditadura comunista é condenado a 18 anos de prisão por “provocar brigas”

Nesta quarta-feira (28), o bilionário chinês Sun Dawu foi condenado a 18 anos de prisão e ao pagamento de 3,11 milhões de yuans (cerca de R$ 2,43 milhões) por “provocar brigas e problemas” e “ocupar ilegalmente terras agrícolas”.

Sun administra uma das maiores empresas agrícolas privadas na província de Hebei, no norte da China, e foi uma das poucas pessoas no país a acusar publicamente o governo comunista chinês de tentar encobrir o avanço da gripe suína em 2019.

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Segundo a sentença do Tribunal Popular de Gaobeidian, Sun foi considerado culpado depois de “reunir uma multidão para atacar as instituições do estado, obstruindo o serviço público, provocando brigas e problemas, interrompendo a produção e operação, conduzindo comércio coercitivo, mineração ilegal, ocupação ilegal de terras agrícolas e absorção ilegal de depósitos públicos”.

O empresário foi preso em 2020, junto com sua esposa e filhos, por se envolver em uma disputa de terras com uma fazenda do governo local.

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De acordo com ele, na época, dezenas de seus funcionários ficaram feridos em uma briga com a polícia depois que eles tentaram impedir a equipe da fazenda estadual de demolir um de seus prédios. Em 14 de julho de 2021, a organização não governamental CHRD (sigla em inglês – Defensores dos Direitos Humanos da China) afirmou que Sun estava sendo levado a julgamento “como uma tentativa descarada de puni-lo por seu apoio aos direitos humanos”.

“Sun Dawu fez contribuições extraordinárias para melhorar a vida dos cidadãos chineses que vivem na China rural. Seu apoio aos defensores de direitos foi uma extensão de sua preocupação com o bem-estar das pessoas à margem da economia chinesa”, disse a pesquisadora sênior e defensora do CHRD, Ramona Li.

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A decisão do tribunal contra Sun Dawu se deu em meio a uma crescente repressão a empresas privadas, adotada pela China. Em setembro de 2020, o Partido Comunista divulgou um conjunto de diretrizes que diziam que o setor privado precisava de “pessoas politicamente sensíveis” que “ouvissem o partido com firmeza”.

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