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Os Emirados Árabes Unidos estão recebendo o presidente Ashraf Ghani “por motivos humanitários”, depois que ele fugiu do Afeganistão em meio à aquisição do Talibã, confirmou a nação do Golfo.
“O Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional dos Emirados Árabes Unidos pode confirmar que os Emirados Árabes deram as boas-vindas ao presidente Ashraf Ghani e sua família por motivos humanitários”, disse o ministério em um breve comunicado na quarta-feira (18).
Mais cedo, a imprensa afegã informou que os Emirados Árabes Unidos ofereceram uma residência a Ghani após sua “fuga”.
Ghani fugiu do Afeganistão no domingo, quando o Talibã se aproximou de Cabul, antes que o grupo armado entrasse na capital afegã sem oposição.
Em um post no Facebook, Ghani disse que “o Talibã venceu” e que ele fugiu para evitar uma “inundação de derramamento de sangue”.
Seu paradeiro era desconhecido até quarta-feira, com especulações de que ele havia fugido para o Tajiquistão, Uzbequistão ou Omã.
Os Emirados Árabes Unidos são uma das três nações, incluindo a Arábia Saudita e o Paquistão, que reconheceram o regime anterior do Talibã, que governou o Afeganistão de 1996 a 2001.
Na segunda-feira, houve cenas de pânico e caos no aeroporto de Cabul enquanto moradores desesperados tentavam fugir do país devastado pela guerra. Mortes foram relatadas quando alguns se agarraram a aviões voando para fora da capital.
No início deste ano, a guerra entre as forças do Talibã e do Afeganistão se intensificou quando as tropas estrangeiras anunciaram sua retirada do país em 11 de setembro, o 20º aniversário dos ataques que levaram à invasão dos Estados Unidos.
Com o colapso do governo afegão, as atenções estão voltadas para garantir a segurança de civis e evacuados e uma transferência ordenada de poder.
O Talibã declarou que a guerra no Afeganistão acabou e disse que esforços para formar um governo inclusivo estão em andamento.