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FBI libera documento sobre investigações dos atentados do 11 de setembro

Neste sábado (11), o FBI (Federal Bureau of Investigation) divulgou o primeiro lote de documentos relacionados à investigação dos ataques terroristas de 11 de setembro. Um trecho do relatório, publicado pela Fox News, confirma a investigação de um saudita suspeito de oferecer apoio logístico a dois sequestradores dos aviões, mas não mostra ligação com o governo da Arábia Saudita.

O documento foi divulgado exatamente 20 anos após os ataques terroristas de 11 de setembro e dias depois que o presidente Biden solicitou uma revisão de desclassificação do FBI e de outras agências governamentais relacionadas à tragédia.

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O documento resume uma entrevista do FBI realizada em 2015 com um saudita que se inscreveu para obter a cidadania dos EUA e que teve contato frequente com outros cidadãos sauditas nos EUA que forneceram “apoio logístico significativo” aos primeiros sequestradores que chegaram ao país.

Algumas das famílias das vítimas do 11 de setembro esperam há anos por documentação que as ajude em um possível processo judicial contra o governo saudita, alegando que apoiava os sequestradores. Mas, embora o documento descreva os contatos que os sequestradores tiveram com associados sauditas nos EUA, ele não fornece provas de que altos funcionários do governo saudita foram cúmplices do complô.

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A Arábia Saudita tem sistematicamente negado envolvimento nos ataques e a Embaixada da Arábia Saudita em Washington, e disse que apoia a total desclassificação de todos os registros como uma forma de “acabar com as alegações infundadas contra o Reino de uma vez por todas”.

Os sequestradores Nawaf al-Hazmi e Khalid al-Mihdhar tiveram ajuda para encontrar um apartamento em San Diego por Omar al-Bayoumi, um cidadão saudita com ligações com o governo, quando chegaram aos Estados Unidos em 2000. Al-Bayoumi disse que se conheceram em um “encontro casual” em um restaurante antes de ajudá-los. Bayoumi era conhecido do cidadão saudita cuja entrevista ao FBI foi a base para a divulgação do documento no sábado.

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Durante a entrevista, o FBI fez várias tentativas para verificar se essa caracterização era precisa ou se realmente havia sido combinada com antecedência, de acordo com o documento.

A Arábia Saudita é uma aliada dos EUA, especialmente em questões de contraterrorismo, mas a relação foi tensa recentemente – principalmente pelo assassinato do escritor Jamal Khashoggi em 2018. No início deste ano, o governo Biden implicou o líder saudita, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, na morte de Khashoggi. Os EUA não buscaram nenhuma punição contra o príncipe herdeiro.

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Apesar de uma investigação das autoridades sauditas após o 11 de setembro, o relatório da Comissão do 11 de setembro não encontrou “nenhuma evidência de que o governo saudita como instituição ou altos funcionários sauditas tenham financiado individualmente” os sequestradores. O dinheiro poderia ter sido canalizado para a Al Qaeda por meio de instituições de caridade ligadas aos sauditas, concluiu o relatório de 2004.

O documento da noite de sábado foi divulgado horas depois de Biden participar dos eventos memoriais de 11 de setembro em Nova York, Pensilvânia e norte da Virgínia. Os parentes das vítimas haviam anteriormente contestado a presença de Biden em eventos cerimoniais, desde que os documentos permanecessem confidenciais.

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