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(ANSA) – O papa Francisco afirmou nesta terça-feira (14), durante missa para católicos de rito bizantino em Presov, na Eslováquia, que o crucifixo não pode ser reduzido a um “símbolo político”.
A declaração indica uma crítica indireta a políticos que frequentemente usam ícones católicos, como a cruz ou a imagem da Virgem Maria, em atos de campanha.
“Não podemos reduzir o crucifixo a um objeto de devoção, tanto menos a um símbolo político. Não se deve contar os crucifixos: no pescoço, na casa, no carro, no bolso. Não adianta nada se não paramos para olhar o crucifixo e não abrimos o coração a ele, se não nos deixamos impressionar por suas feridas abertas para nós”, disse.
Segundo Francisco, se isso não acontece, a cruz permanece como “um livro não lido, do qual se conhece bem o título e o autor, mas que não influencia na vida”.
“Aos olhos do mundo de hoje, o crucifixo é um fracasso, e nós também arriscamos nos deter nesse primeiro olhar superficial, de não aceitar a lógica da cruz, de que Deus nos salva deixando desencadear sobre si o mal do mundo”, acrescentou.
O Papa iniciou sua viagem pelo leste europeu no último domingo (12), com uma breve passagem por Budapeste, na Hungria, e fica na Eslováquia até 15 de setembro. (ANSA).