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Nesta quarta-feira (6), o Papa Francisco expressou “vergonha” de si mesmo e da Igreja Católica Romana pela escala de abuso sexual de crianças dentro da Igreja na França e reconheceu as falhas em colocar as necessidades das vítimas em primeiro lugar.
O papa falou durante sua audiência regular no Vaticano sobre um relatório divulgado na terça-feira que estimou que cerca de 330.000 crianças francesas foram abusadas pelo clero e outras autoridades da Igreja desde 1950.
“Infelizmente, existe um número considerável. Gostaria de expressar às vítimas minha tristeza e dor pelo trauma que sofreram”, disse Francisco. “É também minha vergonha, nossa vergonha, minha vergonha, a incapacidade da Igreja por muito tempo em colocá-los no centro de suas preocupações.”
Ele exortou todos os bispos e superiores religiosos a tomarem todas as ações necessárias “para que dramas semelhantes não se repitam”.
O papa também expressou sua “proximidade e apoio paternal” aos padres franceses em face de uma “prova difícil” e pediu aos católicos franceses que “garantam que a Igreja permaneça uma casa segura para todos”.
O relatório apontou que cerca de 3 mil padres e um número desconhecido de outras pessoas associadas à Igreja Católica abusaram sexualmente de crianças, fornecendo o primeiro relato da França sobre o fenômeno global. A igreja francesa, como em outros países, teve que enfrentar segredos vergonhosos que foram ocultados por muito tempo.