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Na noite desta quinta-feira (07), o Senado dos Estados Unidos (EUA) aprovou um acordo para elevar o teto da dívida pública do governo e evitar um default, ao menos por enquanto.
Fruto de um pacto bipartidário alcançado após semanas de negociações, o texto recebeu os votos favoráveis dos 50 senadores da situação (48 democratas e dois independentes) e de 48 republicanos – apenas dois conservadores ficaram contra.
Agora o acordo será votado pela Câmara dos Representantes, onde deve ser aprovado sem dificuldades. A medida acrescenta US$ 480 bilhões ao limite de endividamento do governo americano, que hoje é de pouco mais de US$ 28 trilhões, em meio à ameaça de o Tesouro ficar sem dinheiro em 18 de outubro.
Assim como outros países, os EUA gastam mais do que arrecadam e precisam pegar dinheiro emprestado por meio da emissão de títulos públicos, ativos que são considerados alguns dos investimentos mais seguros do mundo, mas o limite para o endividamento do governo é definido pelo Congresso.
A solução, no entanto, é válida apenas até 3 de dezembro, quando também termina o prazo do atual orçamento do governo. Se o Congresso não aprovar um novo financiamento até lá, os EUA podem entrar em “shutdown”, ou seja, a paralisação de atividades federais por falta de verba.
Já o default é o não pagamento da remuneração sobre títulos de dívida pública. “Precisamos agora de uma solução de longo prazo para não passarmos por esse drama a cada poucos meses”, declarou o líder democrata no Senado, Chuck Schumer.
“Não podemos permitir que o processo rotineiro de pagamento de nossas contas se transforme em um confronto político a cada dois anos ou dois meses”, reforçou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
Desde o governo de Barack Obama, o Partido Republicano usa a obstrução do orçamento como forma de pressão contra a Casa Branca, e os democratas devolveram na mesma moeda durante a gestão de Donald Trump.
Desta vez, os republicanos alegam que a tática é uma forma de protesto contra o trilionário pacote social do governo de Joe Biden. Já os democratas acusam a oposição de querer apenas encobrir o endividamento contraído na gestão Trump, que cortou impostos dos mais ricos e fez a dívida pública disparar.
*Com informações de ANSA