Mundo

Presa, ex-presidente interina da Bolívia é finalista de prêmio de direitos humanos na UE

A ex-presidente interina da Bolívia Jeanine Áñez, atualmente presa, é uma das finalistas do prêmio Sakharov do Parlamento Europeu, junto com o opositor russo Alexei Navalny e um grupo de mulheres afegãs, informou a instituição nesta quinta-feira (14).

O grupo de ativistas afegãs é liderado por Shaharzad Akbar, presidente da Comissão Afegã Independente de Direitos Humanos. Essa candidatura foi lançada pelos blocos dos social-democratas e verdes do Parlamento Europeu. Também participam do grupo Mary Akrami, diretora da Rede de Mulheres Afegãs, que oferece refúgio para mulheres vítimas de violência familiar, e Zarifa Ghafari, uma das primeiras prefeitas mulheres no Afeganistão.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Já a candidatura de Áñez foi lançada pela bancada de direita Conservadores e Reformistas Europeus, na qual participa o partido espanhol de direita Vox.

Áñez se tornou presidente da Bolívia em 2019, em meio ao processo que provocou a queda do governo de Evo Morales. Ela substituiu Morales como determinava a Constituição, após a renúncia do socialista em novembro daquele ano. No entanto, em março de 2021, foi presa sob acusação de “insurreição” e “terrorismo” na investigação judicial que apura um suposto golpe de Estado contra Morales.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Durante o mandato interino de Áñez, a Bolívia enfrentou uma onda de protestos, causados tanto pela crise social e econômica provocada pela pandemia do coronavírus, quanto pelas manobras políticas para adiar a realização de eleições, que acabaram ocorrendo em outubro de 2020. O economista de esquerda Luis Arce, afilhado político de Morales, acabou vencendo no primeiro turno com 55% dos votos, mais de 26 pontos acima de seu principal rival, o centrista Carlos Mesa.

 

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Opositor russo Navalny também é finalista

A candidatura do opositor russo Alexei Navalny foi proposta pela maior bancada do Parlamento, a do conservador Partido Popular Europeu. O ativista se tornou uma celebridade por suas denúncias de corrupção na Rússia e foi alvo de um aparente envenenamento em agosto de 2020.

Navalny se recuperou na Alemanha e, ao retornar para a Rússia, foi detido e condenado à prisão em um processo por não ter se apresentado a controles periódicos de liberdade condicional, por uma sanção anterior por corrupção.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Direitos humanos

O prêmio Sakharov é atribuído na sequência de uma realização especial num dos seguintes domínios: defesa dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, em particular o direito à liberdade de expressão; salvaguarda dos direitos das minorias; respeito pelo Direito Internacional; desenvolvimento da democracia e instauração do primado do Direito. Ele leva o nome do cientista e dissidente soviético, laureado com o Prêmio Nobel da Paz, Andrei Sakharov (1921‑1989). A ideia dos eurodeputados é conceder a premiação àqueles que, como Sakharov, dedicaram a sua vida à luta pacífica pelos direitos humanos.

Na edição do ano passado, o prêmio foi concedido à “oposição democrática” ao presidente de Belarus, Alexander Lukashenko

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

(RFI e AFP)

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile