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A Casa Branca manifestou preocupação nesta segunda-feira (25) com o golpe militar no Sudão e cobrou a libertação imediata do primeiro ministro do país, Abdalla Hamdok, de integrantes do gabinete de governo, além de representantes da sociedade civil que foram presos ao longo do dia.
“Os Estados Unidos estão profundamente alarmados pelas informações sobre a tomada de controle militar do governo de transição”, afirmou a porta-voz adjunta da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.
“Rechaçamos as ações dos militares e pedimos a libertação imediata do primeiro-ministro e dos demais detidos sob prisão domiciliar. As ações de hoje são completamente opostas à vontade do povo sudanês e de suas aspirações de paz, liberdade e justiça”, completou.
Em março de 2019, o ditador Omar al-Bashir foi deposto por militares após três décadas à frente do país. Depois da queda de Bashir, foi criado o Conselho Soberano, composto por militares e civis, no intuito de realizar a transição do país para um regime democrático.
Na época, ficou decidido que as Forças-Armadas chefiariam o Sudão por um período e, depois do tempo acordado, passariam o bastão aos civis, que ficariam no poder até as eleições gerais, previstas para 2023.
As militares, no entanto, se recusaram a cumprir o tratado. Em pronunciamento oficial, o general Abdel-Fattah Burhan anunciou a dissolução do Conselho Soberano, comandado por ele próprio, e declarou estado de emergência no país. O general disse que só entregará a liderança do país “a um governo civil eleito”.
Desde a divulgação da prisão do primeiro-ministro, foram iniciadas manifestações em diferentes pontos do Sudão. Três pessoas foram baleadas e morreram durante os atos, segundo organizações que atuam no país.
*Com informações da Agência EFE