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Principal partido de direita francês escolhe uma mulher como candidata para eleições presidenciais

RFI- O principal partido de direita francês, o Republicanos (LR), elegeu neste sábado (4) Valérie Pécresse como candidata para as eleições presidenciais de abril de 2022. Com a escolha, a França tem, pela primeira vez na história, mulheres representado os três maiores partidos do país na disputa pela vaga no Palácio do Eliseu.

A representante da ala social-liberal do partido, obteve 60,95% dos votos no segundo turno das primárias republicanas, realizadas de maneira virtual, contra 39,05% de seu rival, o conservador Eric Ciotti, e se tornou a primeira mulher a defender a direita em uma eleição presidencial na França.

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“Obrigada pela audácia”, declarou Pécresse em discurso, após a divulgação dos resultados. “A direita republicana está de volta”, disse chamando os militantes a apoiar sua candidatura.

“Pela primeira vez em sua história, o partido do general De Gaulle, de Georges Pompidou, de Jacques Chirac, de Nicolas Sarkozy, nossa família política, vai ter uma candidata à eleição presidencial. E eu vou me mostrar à altura, eu vou dar tudo para fazer com que nossas convicções triunfem”, disse a atual presidente da região Île de France, que engloba Paris, e ex-ministra do Ensino Superior e do Planejamento de Nicolas Sarkozy (2007 – 2012).

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Aos 54 anos, Pécresse segue uma linha liberal no plano econômico que agrada seu grupo político, mas se posiciona de maneira dura sobre questões ligadas à imigração e tem como proposta instaurar um sistema de quotas para vistos.

A escolha de Pécresse foi criticada pela rival da direita, Marine Le Pen, que após a vitória, comparou a candidata republicana ao atual presidente Emmanuel Macron, que ainda não oficializou sua candidatura para a reeleição. “Na realidade, Valérie Pécresse é talvez a mais ‘macronista’ de todos os candidatos que estavam presentes nesta competição interna do LR”, disse. “É triste para os eleitores do LR”, reagiu Le Pen.

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Se adiantando às críticas, Pécresse diz estar no “centro da direita” e ser a “única que tem capacidade de unir todas as sensiblidades”, inclusive de atrair os eleitores de Macron.

Presença feminina

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Pela primeira vez na história, três mulheres vão representar os partidos mais expressivos da paisagem política francesa, em uma eleição presidencial. Além de Pécresse, da direita, concorrem pela vaga a socialista e prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional, de direita.   

Apenas 12 mulheres foram candidatas à presidência da França desde que obtiveram o direito ao voto, em 1944, e passaram a ser elegíveis. Somente 30 anos depois desta data, em 1974, Arlette Laguiller, foi a primeira mulher a apresentar sua candidatura para presidente pelo partido Luta Operária. Ela voltou a se apresentar em todas as eleições, até 2007.

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Duas mulheres conseguiram chegar ao segundo turno: Ségolène Royal, pelo Partido Socialista, em 2007, contra Nicolas Sarkozy, do União pelo Movimento Popular, e Marine Le Pen, pela Frenta Nacional, em 2017, contra Emmanuel Macron, da República em Marcha.

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