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Em entrevista à BBC, o alto comissário da Nigéria no Reino Unido, Sarafa Tunji Isola, caracterizou as restrições de viagem impostas pelo Reino Unido ao país africano como ‘viagens de apartheid’.
O Reino Unido colocou a Nigéria na sua lista vermelha depois que a nação mais populosa da África detectou os primeiros casos da Ômicron. Isola concedeu uma entrevista à BBC nesta segunda-feira (06).
A lista vermelha determina que só poderão entrar no Reino Unido e na Irlanda pessoas vindas da Nigéria que sejam residentes nos 2 países. Os viajantes devem fazer uma quarentena obrigatória de 10 dias quando chegarem ao Reino Unido em instalações designadas pelo governo.
“A proibição de viagens é um apartheid no sentido de que não estamos lidando com uma endemia […]. Estamos lidando com uma pandemia. Sempre que temos um desafio, deve haver colaboração”, afirmou Sarafa.
Em entrevista à BBC, o ministro do governo do Reino Unido afirmou que a expressão “viagens de apartheid” é uma “linguagem muito infeliz”. Segundo ele, as restrições adotadas fazem parte de uma estratégia do país para ganhar tempo “para que nossos cientistas possam trabalhar no vírus e avaliar o quão difícil será”.
Além da Nigéria, outros 10 países africanos estão na lista vermelha. São eles: Angola, Botswana, Eswatini, Lesotho, Malawi, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Zâmbia e Zimbabwe.
De acordo com o Reino Unido, a Nigéria foi incluída na lista vermelha porque a maior parte dos casos detectados no país europeu “tem ligações claras” com viagens internacionais da África do Sul e Nigéria.