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A Coreia do Sul rompeu com seu aliado americano e não se juntará ao boicote diplomático liderado pelos americanos às Olimpíadas de Inverno de Pequim, citando a necessidade da ajuda da China na desnuclearização da Península Coreana.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse nesta segunda-feira (13) durante uma visita à Austrália que seu governo “não estava considerando” o boicote. O país não “recebeu nenhum pedido de nenhum país, incluindo os EUA, para participar”, disse ele.
O boicote diplomático anunciado pelo governo Biden na semana passada criou uma cunha entre os EUA e alguns de seus aliados, com Pequim alertando que os países participantes “pagariam um preço por seus movimentos errados”. No entanto, Austrália, Canadá e Reino Unido estão se unindo para protestar contra o que eles chamam de abusos dos direitos humanos por parte da China.
A França, que sediará as Olimpíadas de Verão em Paris em 2024, não entrará e o presidente Emmanuel Macron disse à BBC na semana passada que tal movimento seria meramente simbólico. O Japão, que tem os EUA como seu único aliado militar e depende da China como seu maior parceiro comercial, não se comprometeu. Tóquio pretende enviar uma delegação de baixo escalão e evitar um envio de ministros, noticiou o jornal Yomiuri no fim de semana.
A China desempenha um papel crucial na Península Coreana como o maior parceiro comercial de Seul e o principal benfeitor de Pyongyang. Moon fez da reconciliação com a Coréia do Norte um de seus principais objetivos de política e, se ele quiser fazer progresso antes que seu mandato termine no próximo ano, provavelmente precisará da ajuda de Pequim.