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Nesta segunda-feira (27), o presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed, anunciou a suspensão do primeiro-ministro do país, Mohamed Hussein Roble. O caso ocorre um dia depois dos dois trocarem farpas sobre a marcação das eleições nacionais, mas a justificativa oficial diz que Roble está envolvido com “corrupção”.
“O presidente decidiu suspender o primeiro-ministro e colocar fim aos seus poderes após acusações de corrupção”, informou em nota a Presidência referindo-se a uma suposta interferência em uma investigação sobre a apropriação irregular de terras.
O mandatário acusa Roble de tomar terrenos do Exército depois que ele demitiu o ministro da Defesa e assumiu seu posto.
Há vários meses, a relação entre Farmajo, como o presidente é conhecido na Somália, e Roble vem piorando.
Neste domingo (26), o premiê acusou publicamente o mandatário de “sabotar o processo eleitoral” após ser destituído da função de organizar o novo pleito. Farmajo havia ordenado ainda a criação de um novo comitê para “corrigir” as falhas de Roble no processo.
Nas últimas semanas, por sua vez, o primeiro-ministro acusou o mandatário de não querer “eleições críveis” na Somália e dizer que ele quer se perpetuar no poder, já que aumentou por conta própria o tempo que deveria estar no cargo. Eleito em fevereiro de 2017, Farmajo deveria deixar o poder neste ano.
*Com informações de ANSA