Mundo

TCU aponta contradições de Moro em nota emitida para  Alvarez & Marsal

Um relatório de inteligência do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta divergências entre declarações do candidato do Podemos à Presidência, Sergio Moro sobre seu trabalho na Alvarez & Marsal e documentos apresentados pela consultoria e por ele mesmo para defender sua atividade na iniciativa privada, onde recebeu R$ 3,7 milhões em um ano.
No dia 28 de janeiro, ex-juiz  informou que recebeu R$ 3,5 milhões, ou US$ 656 mil, da consultoria americana em 11 meses, em 2020 e 2021. O ex-juiz Moro divulgou duas notas fiscais emitidas pela sua empresa nesse período. Segundo ele, a de maior valor se refere ao bônus de contratação, pago em fevereiro do ano passado. A outra representa o pagamento do seu salário de março, R$ 253 mil brutos, ou US$ 46 mil pelo câmbio da época.
Depois de Moro mudou para os Estados Unidos, pela Alvarez & Marsal Disputes and Investigations Inc. São os CNPJs da empresa que prestam serviços de compliance para grandes companhias. Contudo, em uma nota fiscal que Moro emitiu em 17 de fevereiro de 2021 (ele foi contratado como pessoa jurídica) no valor de 811.890 reais, a contratante é diferente: Alvarez & Marsal Consultoria em Engenharia Ltda.

Esse é uma das primeiras divergências do relatório de inteligência que a área técnica do TCU está produzindo sobre Moro. O relator do caso é o ministro Bruno Dantas. 

Ao serem questionados pela revista Veja sobre a divergência Moro e a A&M deram explicações diferentes para a divergência de CNPJ. Moro disse que houve um “erro material” na emissão da nota fiscal. Já a consultoria americana disse que o ex-ministro “teve sua prática originalmente estruturada no Brasil na A&M Consultoria em Engenharia e em seguida foi transferida para A&M Disputas e Investigações”. O TCU vai querer saber por que a primeira informação dada pela empresa à Corte de Contas não contemplou esse detalhe.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

 

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile