Destaques

Putin ordena envio de forças de paz russas para duas regiões separatistas no leste da Ucrânia

Na noite desta segunda-feira (21), o presidente russo Vladimir Putin ordenou uma operação militar de “manutenção da paz” nas duas regiões separatistas localizadas no leste do país: Donetsk e Luhansk.

Mais cedo, Putin decidiu reconhecer os dois territórios ucranianos como “independentes”. Durante discurso em rede nacional, Ele alegou que a Ucrânia tem um governo fantoche do Ocidente e que o país representa uma ameaça à Rússia. 

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Em mensagem recheada de argumentos históricos, ele alegou que as terras ancestrais do leste ucraniano são russas. Ele disse ainda que a Ucrânia moderna é uma invenção da União Soviética. “A Ucrânia é parte integrante da nossa história”, afirmou.

Após a decisão do ditador, vários países repudiaram a decisão e anunciaram sanções contra a Rússia e as regiões separatistas.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

 

O mais recente: Em um decreto que reconhece a independência da República Popular de Donetsk (DNR) e da República Popular de Luhansk (LNR), Putin ordenou que os militares russos conduzissem “operações de manutenção da paz” nos territórios ucranianos ocupados.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

O quadro geral: os separatistas não detêm todo o território que reivindicam, então o reconhecimento pode evoluir rapidamente para uma guerra, a menos que a Rússia limite suas operações às áreas controladas pelos separatistas.

  • Os separatistas declararam independência em 2014 e desde então travaram uma guerra de baixa escala contra as forças ucranianas, com o apoio militar de Moscou.
  • Os combates aumentaram desde quinta-feira, com Kiev acusando os separatistas de bombardeios persistentes na linha de contato.

O que eles estão dizendo: líderes ocidentais rapidamente denunciaram o movimento de Putin como uma violação da lei internacional.

  • A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Paski, disse em comunicado que os EUA proibiriam o investimento nas repúblicas separatistas e que novas sanções viriam, separadas do pacote “massivo” prometido se a Rússia invadir.
  • A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmaram em comunicado que “[este] passo é uma violação flagrante do direito internacional, bem como dos acordos de Minsk. A União reagirá com sanções contra os envolvidos neste ato ilegal”.
  • O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, chamou a decisão de Putin de “um mau presságio, um sinal muito sombrio… Certamente é mais uma indicação de que as coisas estão indo na direção errada na Ucrânia”.
  • Putin usou seu discurso não apenas para anunciar o reconhecimento das repúblicas separatistas, mas para fazer um argumento mais amplo de que a Ucrânia não é realmente um país separado da Rússia, que o Ocidente empurrou a Rússia até este ponto e que a Ucrânia será responsável por qualquer “futuro sangria.”

Nas entrelinhas: não está claro se os “mantenedores da paz” russos procurarão proteger apenas o território que os separatistas atualmente detêm ou a totalidade das áreas que reivindicam.

  • Em um momento em que a Casa Branca continua a alertar sobre uma iminente invasão em larga escala, os últimos movimentos de Putin podem ser interpretados como um sinal de que seu foco militar imediato está na região leste de Donbass e não na capital, Kiev.
  • Mas Michael Kofman, especialista em capacidades militares da Rússia na CNA, afirma que é mais provável que seja o primeiro passo em uma operação militar mais ampla que não se limitará ao Donbas.

 

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile