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O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky está rapidamente se tornando um herói nacional e global enquanto tenta reunir seu país diante das forças invasoras russas.
O ex-ator e comediante divulgou uma série de vídeos nos últimos dias pedindo aos ucranianos que peguem em armas e reiterando sua própria recusa em fugir, apesar de ser um dos principais alvos do Kremlin.
“Eu estou aqui. Não vamos depor nenhuma arma. Defenderemos nosso estado, porque nossas armas são nossa verdade”, disse ele em mensagem de vídeo.
Zelensky disse no domingo que a Rússia e a Ucrânia entraram nos estágios iniciais das negociações de paz.
Aqui estão cinco coisas para saber sobre o líder ucraniano.
Entretenimento foi caminho para a ascensão
Zelensky é judeu e viveu na parte sudeste da Ucrânia. Seu avô lutou pela União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto alguns outros membros da família morreram durante o Holocausto.
Ao se formar em direito, Zelensky entrou no mundo do entretenimento, iniciando sua carreira como ator e comediante.
Zelensky ganhou destaque como estrela do popular programa de televisão ucraniano “Servant of the People”, onde interpretou um querido professor do ensino médio que mostrou desdém por políticos corruptos e acabou se tornando presidente do país.
Zelensky também competiu na versão ucraniana de “Dancing with the Stars” em 2006, e clipes de suas rotinas se tornaram virais nas mídias sociais.
Campanha pela paz com a Rússia
Zelensky foi eleito presidente em 2019 depois de concorrer a uma campanha prometendo negociar a paz com a Rússia e reduzir o poder de oligarcas corruptos que controlam grande parte da economia da Ucrânia.
Embora tenha negociado com sucesso uma troca de prisioneiros com separatistas pró-Rússia no início de sua presidência, a diplomacia com Moscou parou devido ao presidente russo Vladimir Putin exige que a Ucrânia fique de fora das alianças ocidentais.
À medida que as tensões aumentaram entre Kiev e a Ucrânia, Putin acusou o governo de Zelensky de ser um peão do Ocidente.
A Rússia tomou a Península da Crimeia em 2014, levando à criação de duas regiões separatistas pró-Rússia e iniciando um conflito de oito anos que deixou 15 mil mortos.
Desempenhou papel fundamental no impeachment de Trump
Zelensky tornou-se um nome conhecido nos EUA pelo papel que desempenhou no primeiro impeachment do ex-presidente Presidente Trump.
Durante uma conversa por telefone em 2019, Trump pediu a Zelensky que ajudasse a investigar o então candidato presidência Joe Biden e seu filho Hunter Biden, que atuou no conselho de uma empresa ucraniana de gás natural.
O telefonema com Zelensky levou Trump ao impeachment da Câmara por usar seu cargo para ganhos políticos, já que ele também reteve US$ 400 milhões em apoio militar autorizado à Ucrânia.
Zelensky disse mais tarde que não queria entrar na política de outros países, recusando-se a criticar a ligação com Trump.
Advertências criticadas dos EUA, resposta antes da invasão
Em meio ao período que antecedeu a invasão, Zelensky criticou os alertas urgentes do governo Biden sobre os planos de Putin, temendo que eles pudessem alimentar desnecessariamente o pânico.
O governo de Zelensky também reclamou que os EUA não fizeram mais para proteger a Ucrânia da invasão inicial, como reforçar suas forças militares e acelerar sua candidatura para ser membro da OTAN.
Os EUA e seus aliados da Otan emitiram advertências firmes à Rússia para impedir uma invasão e, na semana passada, emitiram duras sanções contra autoridades e bancos russos.
Zelenky também teria rejeitado uma oferta dos EUA para evacuá-lo da Ucrânia no sábado, dizendo que precisava de mais munição, não de uma carona.
Ganhou amplo apoio de legisladores dos EUA
À medida que as tropas russas avançam sobre as principais cidades, Zelensky tem recebido apoio vocal de legisladores americanos em todo o espectro político.
“Zelensky é um homem maior que Putin. O mundo inteiro sabe. O exército russo sabe. Até os comparsas do ditador sabem”, disse o senador Ben Sass(R-Neb.) escreveu em um ‘tuíte’.