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Vários sites russos controlados pelo Estado ou alinhados ao Estado foram invadidos nesta segunda-feira (28).
Os sites da principal agência de notícias estatal russa, TASS, o jornal russo distribuído nacionalmente, Kommersant, e o jornal diário, Izvestia, que foi fundado em São Petersburgo durante a Revolução Russa e foi um dos principais meios de comunicação no União Soviética, todos exibiram uma mensagem assinada supostamente pelo notório coletivo de hackers Anonymous.
“Queridos cidadãos, pedimos a vocês que parem com essa loucura”, começou a mensagem. “não mande seus filhos e maridos para a morte certa. Putin está nos fazendo mentir e nos coloca em perigo. Estamos isolados do mundo, ninguém está comprando nosso petróleo e gás. Dentro de alguns anos estaremos vivendo como na Coreia do Norte. Por que precisamos disso? Para Putin chegar aos livros de história? Esta não é a nossa guerra, vamos parar!”
Ele continuou: “Esta mensagem será apagada e alguns de nós serão demitidos e talvez presos. Mas não podemos mais tolerar isso. Jornalistas russos que se importam. Anonymous”.
A mensagem vem vários dias depois que o Anonymous, um coletivo internacional de hackers que realizou ataques cibernéticos contra governos e corporações, pareceu declarar guerra contra a Rússia e seu presidente, Vladimir Putin, em resposta à invasão russa da Ucrânia.
A conta do Twitter “YourAnonNews”, que atualmente conta com 7,4 milhões de seguidores, fez a declaração na quinta-feira, dizendo que o grupo de hackers está “atualmente envolvido em operações contra a Federação Russa”. A conta não postou sobre as agências de notícias estatais russas na manhã de segunda-feira.
No final do domingo, a conta disse que o grupo de hackers GNG, afiliado ao Anonymous, vazou o banco de dados do SberBANK, uma empresa bancária estatal russa com sede em Moscou.
O Banco Central Europeu alertou na segunda-feira que o braço europeu do Sberbank, considerado o maior credor da Rússia, e duas outras subsidiárias devem falir, após “saídas significativas de depósitos” ligadas a “tensões geopolíticas”, informou a Reuters .
Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, foi bombardeada com um pesado ataque com foguetes na segunda-feira. A mídia local informou que dezenas de pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas na cidade no nordeste da Ucrânia, com uma população estimada de 1,5 milhão de pessoas. O bombardeio pesado e as baixas ocorrem quando autoridades ucranianas e russas se reuniram na fronteira da Ucrânia com a Bielorrússia para negociações de paz.
No quinto dia desde a invasão da Rússia, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy na segunda-feira novamente pediu que a Ucrânia seja admitida com urgência na União Europeia por meio de um novo procedimento especial.
“Somos gratos aos nossos parceiros por estarem conosco, mas nosso objetivo é estar junto com todos os europeus”, disse Zelenskyy, de acordo com uma tradução em inglês. “Os europeus percebem que nossos soldados estão lutando por nosso país e, portanto, por toda a Europa, pela paz, pela paz para todos, todos os países da UE, pela vida das crianças, pela igualdade, pela democracia.”