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Em reunião extraordinária, os 193 países-membro da Organização das Nações Unidas (ONU), estão reunidos nesta segunda-feira (28) para debater a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Os pontos principais da discussão são a demanda generalizada por um cessar-fogo imediato, a preocupação com os milhares de civis ucranianos afetados pelo combate e o temor de uma guerra nuclear.
Todos os países poderão se pronunciar sobre a guerra. Durante a reunião do Conselho de Segurança no fim de semana, a embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, disse que “responsabilizará a Rússia por suas ações indefensáveis e por suas violações da Carta da ONU”.
Na abertura da reunião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, adotou um tom duro quanto aos bombardeios e ataques em áreas com alto número de civis. “A escalada desta violência que resultou em mortes de civis, incluindo as crianças, é totalmente inaceitável. Basta! Os soldados devem voltar a seus quartéis e deve haver conversação em prol da paz”, convocou.
Para ele, a crise atual é uma ameaça generalizada aos países da Europa.
“Estamos enfrentando uma tragédia para a Ucrânia, mas também uma enorme crise regional com consequências para todos nós. As forças nucleares russas estão em estado de alto alerta, isso é muito preocupante. A simples ideia de um conflito nuclear é algo inconcebível. Nada pode justificar o uso das armas nucleares”, afirmou.
“É imperativo que falemos em nome das mulheres, crianças e homens que se encontram aprisionados na linha de fogo, é imperativo que busquemos todos os canais disponíveis para conter a situação, desescalar as tensões e buscar uma solução pacífica em conformidade com o direito internacional e os princípios da Carta das Nações Unidas. Não há ganhadores, se não, incontáveis vidas perdidas, destroçadas”, declarou durante o discurso de abertura Abdulla Shahid, presidente da septuagésima sexta sessão da Assembleia Geral Extraordinária da ONU.
“Lembremos que fundamos as Nações Unidas para manter a paz e a segurança internacional e, com esse fim, tomar medidas coletivas efetivas para a prevenção e eliminação das ameaças à paz e para trazer, com meios pacíficos, uma justa solução das controvérsias internacionais”, continuou.
Shahid disse que a negociação em Belarus dá um raio de esperança em meio ao caos provocado pela guerra.